Estava nesta crónica cogitação, quando, de supetão, ouço uma
ave canora, pousada num dos poleiros postados na ala direita da AR, piando grotescamente
a palavra “trapalhada”, em substituição da que anteriormente botaram a uso,
como achincalhamento político de mau perder, que foi o ‘cândido’ vocábulo “geringonça”.
Essa rapaziada tem a correr-lhe nas veias o sangue do
caciquismo de antanho que a todo custo querem manter, a fim de ele extraírem tudo
de bom em proveito próprio, num complô de desgraça colectiva, aspergida sobre
toda a comunidade, que a suporta em sangrenta diálise diária.
E quantos avençados por essa rapaziada avançados são, para
propagandearem com toda a solenidade que a mentira requer, de que “devemos
baixar ainda mais os mais baixos salários e pensões, no intuito criminoso da
mantença de tais ddt – vulgo, donos disto tudo - na coutada paradisíaca, que
durante décadas e décadas lhes caiu de mão beijada como herança, que deles não
é, porque nunca para ela contribuíram, sequer com um único pingo de suor.
Acabemos com tanta sanguessuga que nos tira tudo,
deixando-nos completamente exangues, sem vida própria.
José Amaral
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