ANTES BOIS DO QUE “BOYS”
A situação na
Segurança Social de Braga, com o director a comportar-se como se de coutada sua
se tratasse, praticando todo o tipo de tropelias contra o pessoal, que acabam
por se reflectir em “baixas médicas” e no atendimento aos utentes, é o
paradigma de um problema que demonstra a total falta de escrúpulos e de
vergonha de todos quantos vêm perpectuando este sistema de satisfação de
clientelas.
É evidente
que o fulano que dirige aquele serviço carece de capacidade profissional e
moral para tal cargo; todavia, dizem os seus correlegionários, foi aprovado
pela famosa “cresap”, decisão de que o actual Governo – acrescentam – quer fazer
tábua-rasa para lá colocar os seus militantes…
E é este tipo
de afirmações que revela a podridão de um sistema que permite que os lugares da
administração pública estejam em leilão sempre que há mudanças na governação do
país. É tamanha a incongruência destes “impolutos” da Direita na defesa do seu “boy”
que nem se dão conta de nos estar a tratar a todos por parvos, pois aquilo de
que acusam os actuais governantes foi mesmo o que eles praticaram em larga
escala logo que alcançaram o Poder.
Da tão
propalada reforma do Estado que o anterior Governo se propôs, cometendo a
tarefa de desenhá-la ao vice p.m. Portas, ficou para a história apenas o aborto
parido por esse grande génio da nossa cena política.
Mas de uma séria
reforma do Estado deveria ficar gravado na pedra que todos os lugares na
administração pública jamais poderão ser coutada de partidos políticos, ficando
claro que as chefias serão sempre nomeadas pela sua competência para cada caso,
e as movimentações, quando necessárias, terão sempre como motivo a melhoria nos
serviços, promoções para outros cargos. etç, e nunca porque um qualquer parasitóide
teve uma “cunha” a que não se podia dizer “não”.
Amândio G. Martins
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