Até meados dos anos 80 de século passado, antes de entramos na CEE, íamos a Tui comprar caramelos, chocolates, brinquedos e até chegamos a comprar o fiel amigo quando o mesmo faltou por cá. Das inúmeras idas às compras, que me lembre, nunca lá atestei o depósito de combustível pois os preços eram semelhantes. O problema foi que as muitas prospecções de petróleo que fizemos saíram infrutíferas, e alguém no ministério das finanças se lembrou que os poços do ouro negro estavam ali mesmo ao alcance dum decreto-lei, dum imposto ou duma taxa. Num lapso de tempo, os nossos combustíveis, adquiridos nas mesmas origens e com as nossas refinarias com custos de mão de obra mais baixos, mesmo assim estão neste momento mais caros cerca de 30% do que em Espanha. Claro está que para quem não é masoquista, é lá que vai atestar o depósito quando a distância é compensadora. Ouvi noutro dia e achei muita graça, o titular daquele ministério apelar ao nosso patriotismo para não irmos contribuir para as receitas do fisco dos nossos vizinhos enriquecendo dessa forma a "caldeirada" de cá. Ora se estivéssemos no lugar dele, que desde a tomada de posse em 26 Novembro de 2015 tem viatura, combustível e motorista a custo zero, palavra de honra que também não era eu quem cometeria tal acto antipatriótico. Assim, com o zero apenas no indicador do combustível da minha já gasta viatura, só lamento não viver mais perto de A Raia que com a poupança até aproveitava para me deliciar com um boa paella Valenciana c/ 10% de IVA.
Jorge Morais
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