Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
sábado, 26 de março de 2016
CAPITALISMO E PODRIDÃO
Não há sistema mais perverso do que o capitalismo. Manipula as pessoas desde a infância, leva as crianças a perderem a sua pureza com as regras do jogo, da máquina. Entrega os jovens ao mercado, obrigando-os a trabalhar para o patrão/papão em vez de desenvolverem a veia criadora. Na verdade, poucos somos livres, poucos podemos filosofar livremente. Os outros são uns escravos que riem de vez em quando, presos ao dinheiro, aos horários e à compra e venda. Aparecem umas imagens no ecrã, que a maioria contempla, tal como às sombras da caverna de Platão, mas muito poucos saem para a Luz, para a Ideia. Uns patetas quaisquer doutrinam na TV e fazem homilias, enquanto umas beldades se passeiam na passerelle e eu até fico contente quando percebo que o caos está à porta. Macacos trepam na arena e desfazem-se aos socos, quais gladiadores, sem darem conta que estão apenas a jogar o jogo. Damas da caridade distribuem umas esmolas no Natal e na Páscoa porque fica bem nas revistas da moda. Vultos reúnem-se nos cafés e nas confeitarias a fazer de conta que há amor e amizade e tudo o resto. Outros cumprem os rituais, as horas de levantar-se, de tomar o transporte, de trabalhar, de cumprir as tarefas, de correr para casa, de comer, de olhar para a TV, de dormir, de morrer todos os dias. Tudo igual. Sempre igual. Sempre podre. O que é feito da aventura da vida? O que é feito da liberdade? O que é feito da festa sem datas marcadas? Não, assim não, o ser humano está a destruir-se, está a ser escravizado por um punhado de moedeiros, de inimigos da vida. Custa perceber? Viemos para isto? Ou viemos para a "vida em abundância" de que falava Jesus?
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