Bom! deixem-me lá também falar do mesmo. Sim! daqueles dramas de que
tantos palram e nada acrescentam. Peritos, Professores, Especialistas em fins
de mundo, Estrategas balofos, presidentes de Observatórios de Segurança e
Criminalidade Organizada e Terrorismo, Autores de Teorias sobre Primaveras
Árabes, Editores de Manuais de Paz e de Guerra, Rogeiros, Anes, Severianos,
Ângelos, Pachecos, gente que até fala francês, flamenguês e polilinguês,
que sabe tudo sobre xiitas, sunitas, iemenitas, semitas, islamistas, suditas,
salafistas, outra tantas tribistas, mais de doze e mais, desde os otomanos e de
antigos impérios ocupados pelos cruzados, esses malvadistas. Sabem de tudo
menos de terroristas. A televisão chama um, chama mil e um, e todos não valem
nada. Valem audiências, talvez. Nenhum deles sabe sequer o que é um
tapa-chamas, um guarda-mato. Nunca ouviram o que é limpar o cú da galinha de
uma G3. Se calhar não conseguiriam enfiar uma cavilha numa metralhadora. Apenas
identificariam o ponto de mira, que aponta a tesouraria para receber a avença
que o canal lhes paga para demagojar. Exceptuando alguns generais que se
aproximam com autoridade e com o verbo correcto a aplicar nestes assuntos
porque já os vivenciaram, os convidados nos debates das TVs, só dizem
banalidades, notas ridículas, tiros nos pés. Cheios de vontade para nos animar
a aguentar o caos. A perpetuar a repetição dos ataques que assolam território
europeu. Solo de pecadores e culpados, é verdade. Mas vítimas das suas
governações que têm mais olhos do que soluções para os coitadinhos dos
refugiados e migrantes, do que para os seus compatriotas decepados nos
atentados quase consentidos, ou animados por tanta mediocridade na acção, nas
medidas eficazes a lançar, a organizar, a perseguir, a esmagar de uma vez por
todas, concertadamente e em força. Uns destes iluminados que leia este
desabafo, vêm logo dizer que não. Não. Esse não é o caminho. O caminho é
chamá-los para dormirem junto de nós. Vesti-los, lavá-los, dar-lhes roupa, mesa
e cama lavada, telemóvel de última geração, i-pad, i-pod com carateres e
fantasias arabescas. Integrá-los. Com o nosso dinheiro. Eis aqui a solução -
Integrá-los. Bonito não é? Mantenham-se todos a aplicar estes processos e abram
covas. Eles, os terroristas ainda só vão no pote 1. Passarão ao pote2 quando
tirarem de lá o adversário que se seguirá para este jogo cego e cobarde. Não
abrandem o folclore que iniciaram. Mandem condolências às famílias, dos que
rastejam feridos a sangrar e amputados no nosso território, às famílias de
luto, aos órfãos desconhecidos. Mantenham as luzes nos monumentos, lindos de
morrer, e não apaguem as velas nem luzes que os tornam ainda mais atraentes e
que homenageiam o país vítima e a hipocrisia que paira. E quando as apagarem,
desliguem só as cores que deixam lugar às próximas, que identificarão o país
que se segue, mas mantenham sempre a cor vermelha. Bem brilhante. Essa é a cor
que será comum a todos e a todas as bandeiras esfarrapadas pelas bombas. Ela
representa o sangue derramado nas gares, aeroportos, estádios, praças, locais
de culto, etc. O negócio não pode parar e deve dar lugar a outros que destes se
erguem. Não se esqueçam das flores. De preferência com cores sortidas.
Alimentem um negócio de morrer! Que pena eu tenho por não pertencer a nenhum
desses hipócritas e cínicos ramos!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.