Contém cenas chocantes...
Lembro-me bem de quando era miúdo, num tempo e num espaço em
que toda a gente tinha animais, assistir à nascença de várias crias, a que se
seguia o ritual em que a mãe lambia o filhote, estimulava-o para que se
levantasse e comia a placenta.
De tanto que víamos os animais parir, às vezes até no campo,
enquanto pastavam, vê-los comer a placenta, que o povo chamava “párias”, não
nos causava a menor estranheza; o que nunca até hoje me tinha passado pela
cabeça é que pudesse haver entre humanos quem defenda e aceite a mesma coisa.
Chamam-se “Doulas”, têm formação nas mais diversas áreas que
não específica de enfermeiras-parteiras e constituem um movimento a favor do
parto na casa da parturiente; e as mulheres que, depois de confirmada a gravidez,
lhes confiam o acompanhamento até ao nascimento do filho são aconselhadas por
elas a comer a placenta que, afirmam, é muito rica em nutrientes importantes
para o aleitamento materno.
No documentário que vi descrevia-se que a placenta é mantida
congelada e vai sendo consumida aos poucos, cortando pequenas fatias e fazendo
com elas “batidos” com uma bebida não alcoólica, da qual o pai da criança
também pode tomar. Inhac!...
Amândio G. Martins
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