Hoje passei o dia numa conferência, com diversos painéis, sob o título "Desafios Demográficos: A Natalidade"e promovido pelo CES ( Conselho Económico e Social). Cansativo mas bom, mormente as comunicações de alguns conferencistas. Embora tendamos a julgar que o assunto é linear e até "simplório" na sua relação causal e resolução, a coisa é mais complexa. Disso não falarei pois não tenho capacidade e o resumo, feito pela Profª Maria João Valente foi um verdadeiro primor!
O que aqui me traz é uma pura curiosidade que lá manifestei, sem que haja uma explicação só. Centra-se no pequeníssimo aumento da natalidade que se verificou nos últimos anos, após a chamada "crise", que quase não alterou a descida intensa e continuada desde os "anos 70" do século passado em que as mais de 200 mil crianças/ano passaram para menos de 90 mil. O que me chamou a atenção foi que esse ínfimo acréscimo tenha sido feito à custa das uniões de facto sem vínculo legal e/ou religioso e até de casais que não coabitavam, em vez dos casados. Pensei logo nas razões culturais em que avultarão as ligadas à religião. E, logo de seguida, comecei a pensar no "nó" em que se meteu o catolicismo institucional com mais este problema (muda a doutrina ? aceita? rejeita?). Mas também as leis seculares, com a descendência e os seus problemas de património e similares, que se verão em "palpos de aranha". Por aqui me fico.
Fernando Cardoso Rodrigues
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.