segunda-feira, 20 de maio de 2013

A condição dos portugueses melhorará

O desemprego sempre foi objeto dum discurso e prática de resignação governativas. A prioridade do Executivo deve ser a resolução
desta enorme chaga social. Não é fácil querer diminuir o desemprego, quando as ameaças no posto de trabalho estão respaldadas por
leis laborais que permitem despedir quando for preciso. Por tudo e por nada... Há muito mais de 1 milhão de portugueses em idade
ativa sem trabalho, dos quais quatro em cada dez jovens não têm ocupação.Temos a 3ª taxa de desemprego mais elevada da OCDE. Do
total de desempregados menos de 40% recebem subsídio. Porquê? E desse total, mais de metade são desempregados de longa duração,
estando há mais de ano e meio fora do mercado de trabalho.Se se alargar o conceito de desempregado aos inativos que desistem de
procurar emprego, então o número sobe consideravelmente.O emprego/trabalho é cada vez mais precário.Atinge a infâmia: Uma amiga
trabalha 72 horas semanais(!), a troco dum anexo, água e luz... Conheço quem trabalha só a troco de comida.Jovens acabados de sair
da Faculdade fazem estágios de um ano sem qualquer remuneração. Os trabalhadores precários têm medo de entrar em protestos porque
perdem de imediato o pão! Comprova-se que o desemprego castiga mais os indiferenciados e os menos habilitados.É urgente, como o
sustento, haver crescimento para se criarem postos de trabalho. Ao criarem-se, não empregarão pessoas com menos de nove anos de
escolaridade e "o país vai continuar com taxas altas de desemprego durante uma década", avisam economistas. Quando a alternativa
substituir a alternância a condição social, política e económica e moral dos portugueses melhorará. Significativamente!
 
Vítor Colaço Santos
 

1 comentário:

  1. Publicam-se neste blog textos muito interessante e oportunos que confrontam problemas proeminentes da nossa vida e quase sempre muito bem elaborados. Contudo, começa a dar a ideia que cada um escreve apenas para si, pois não merecem qualquer comentário, que poderia transvazar para uma certa forma de diálogo, sempre interessante, não para que concordemos em tudo o que se escreve, mas para melhor nos conhecermos e convivermos mesmo à distância. No blog Blasfémias, que frequento, há um convívio mais aberto. O problema laboral só se resolve quando for encurtado o horário de trabalho, não para as dependências laborais estarem mais tempo encerradas, antes sim, para que haja turnos mais curtos para empregar mais profissionais. Mas isto tem de ter em conta que os proventos maiores têm de ser para o trabalho e não para o capital que se tornou usurário.

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