Não é trabalhando mais horas que se resolvem os problemas de produção, económicos ou de emprego dos portugueses. Esses problemas serão resolvidos com politicas verdadeiras de opção entre produção nacional ou importação, revitalização, organização e enquadramento do aparelho produtivo e da nossa mão-de-obra, horários e ordenados humanizados entre outras vertentes.
Um trabalhador com horários prolongados (mesmo com horas extras pagas) fica cansado e além de não produzir com vigor arrisca-se a sofrer ou provocar acidentes. O ser humano tem limites e, assim como uma máquina tem de parar para manutenção, conservação, substituição de peças, também o trabalhador tem de recarregar baterias com descanso, horas de sono e ocupações lúdicas. E horários mais curtos poderão criar espaço para outros trabalhadores também terem acesso a emprego.
É interessante verificar que muitos duns pensadores e debitadores de opiniões e certezas, são homens e mulheres que têm ao seu dispor um número considerável de ajudantes que se encarregam das mais diversas tarefas desde conduzir carros, ajustar a agenda diária de compromissos, escrever textos de acordo com as orientações superiores do grupo a que pertencem, escolher ao fatos e muito mais coisas. Muitos destes ajudantes estão subjugados por horários perto da escravatura, sacrificando mesmo a sua família.
É interessante verificar que muitos duns pensadores e debitadores de opiniões e certezas, são homens e mulheres que têm ao seu dispor um número considerável de ajudantes que se encarregam das mais diversas tarefas desde conduzir carros, ajustar a agenda diária de compromissos, escrever textos de acordo com as orientações superiores do grupo a que pertencem, escolher ao fatos e muito mais coisas. Muitos destes ajudantes estão subjugados por horários perto da escravatura, sacrificando mesmo a sua família.
(PÚBLICO, 29-05-2011)
Maria Clotilde Moreira
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