Nos últimos tempos tenho andado muito angustiado. E interrogo-me por tal estado vivencial em que me encontro. E chego a pensar que certamente é porque estou quase a atingir sete décadas de existência.
E questiono-me se devia estar assim, ao ponto de me sentir até um pouco doente com este estado de coisas e loisas, o que me é (e tem sido) muito negativo, tendo em conta que não sou um eremita, pois vivo rodeado de entes queridos, alguns amigos e outros concidadãos.
E como não sou pombo-correio, porque não escrevo por encomenda, tendo em conta somente o que sinto, fiquei a matutar profundamente, acerca da longa ‘vida delituosa’ (que não é a única) do antigo político Duarte Lima (uma espécie de ponta de lança), e pela qual começou agora a ser julgado.
Pois bem, então, a angústia tomou novamente conta de mim só de pensar nas corjas e seitas de malfeitores que temos tido (e aceites) nas rédeas de todos os poderes da nação, o que não invalida que alguma muita boa gente também por eles tenha passado, pese embora em tão ínfima percentagem, pois quase todos eles se apoderaram ilicitamente de bons quinhões da herança colectiva, pertença de todos nós.
E é por tudo isso que não ando de boa cara, pois dificilmente consigo distinguir um deus de um diabo.
José Amaral
Tudo isto é terrível e mostra o espelho a que chegou esta nação. Acho indigno que pessoas que julgávamos honestas no exercício das suas profissões, venham para a praça pública branquear as acções destes energúmenos, que merecem o desprezo e o asco das pessoas sérias. Não esperava tanto de alguns advogados, porque o descaramento tem limites.
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