sexta-feira, 10 de maio de 2013

Justa homenagem a um grande declamador

Espaço para prestar uma justa homenagem a JOÃO Henrique Pereira VILLARET, que nasceu a 10 de Maio de 1913, há precisamente 100 anos, na sua casa na rua da Boavista nrº.60-2º.andar na capital, tendo falecido em 21 de Janeiro de 1961. Actor e encenador, foi um dos maiores declamadores e uma das maiores vozes da poesia que o consagrou, quer em recitais que apresentou em todo o país, também com enorme sucesso em terras de Vera Cruz. Igualmente teve grande êxito nos serões televisivos quando a mesma dava os primeiros passos na década de cinquenta, quando começou a aparecer com regularidade não só para dizer poemas como para falar dos seus autores. “Boa noite, senhores telespectadores”, cumprimentava, de óculos numa mão, os papéis na outra. Frequentou o Conservatório Nacional de Teatro, começando por integrar o elenco da companhia de teatro Amélia Rey Colaço. Para além do teatro igualmente surge no cinema, com os filmes “O Pai Tirano”; “Inês de Castro”; “Camões”; “Frei Luís de Sousa” e por último “O Primo Basílio”. Ficaram célebres, entre outras, as suas interpretações de: Procissão, de António Lopes Ribeiro; Cântico Negro, de José Régio e O Menino de sua mãe de Fernando Pessoa. Na música é de destacar, pela sua originalidade, Fado falado, de Aníbal Nazaré e Nelson de Barros na revista “Tá Bem ou Não Tá?”. A 2 de Abril de 1960 foi feito Oficial da Ordem Militar de Santiago da espada. Em Loures há uma escola com o nome de João Villaret.

Mário da Silva Jesus
(o autor escreve segundo a antiga ortografia)

Com o devido respeito para com o biógrafo, este texto teve a ajuda da Biografia, de autoria de António Carlos Carvalho                          
Baseado no artigo publicado dia 10 de Maio de 2013 no Diário de Notícias de autoria
de Maria João Caetano                                                                
                                    

1 comentário:

  1. João Villaret tem sido demasiado esquecido, talvez por estar muito acima de alguma mediocridade que emergiu no espaço cénico. Tenho algumas gravações dos poemas que disse de forma magistral, mas não esquecerei jamais a interpretação da peça de Pedro Bloc, "Esta Noite Choveu Prata".

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