sexta-feira, 24 de maio de 2013

O seu cabelo branco





Podemos chamar a atenção de desconhecidos por uma coisa tão simples e banal, rotineira e sem importância, como...
a forma como (ainda) nos penteamos!
A D. Adozinda não imaginava como eu (a desconhecida) reparava no seu lindo cabelo.

4 comentários:

  1. A bem dos cabelos brancos e dos ensinamentos que tanto têm a dar!

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  2. Cabelos brancos!
    Podem significar e significam certamente muito mais do que um especto visual.
    Significam uma vida, uma história – momentos de alegria, de desânimo, talvez um rio de lágrimas, mas certamente um manancial de sabedoria e uma vida de doação aos outros.
    Na nossa sociedade atual estes aspetos parecem estar esquecidos e lamentavelmente desperdiçados.
    Cabelos brancos significam velhice que hoje é por muitos encarada como um estorvo, por ser um não produtivo, uma carga social.
    Caminhamos para uma desumanização cada vez mais cruel em que só o económico tem significado.

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  3. Todos os que atingem uma idade proveta chegam aos cabelos brancos. Embora isso nos mereça algum respeito, isso não representa nada de extraordinário, apenas se representa uma vida exemplar nos merece muita reflexão, porque atingir muita idade sem nada fazer pelos outros é pouco significativo e é apenas uma condição natural.

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  4. Argentina Santos
    Composição: Henrique Rego


    Cabelo branco é saudade
    Da mocidade perdida
    Ás vezes não é da idade
    São os desgostos da vida

    Amar demais, é doidice
    Amar de menos, maldade
    Rosto enrugado, é velhice Cabelo branco é saudade

    Saudades são pombas mansas
    A que nós damos guarida
    Paraíso de lembranças
    Da mocidade perdida

    Se a neve cai ao de leve
    Sem mesmo haver tempestade
    O cabelo cor da neve
    Ás vezes não é da idade

    Pior que o tempo, em nos pôr
    A cabeça encanecida
    São as loucuras d'amor
    São os desgostos da vida

    Para o passado não olhes. Quando chegares a velhinho
    Porque é tarde já não podes
    Voltar atrás ao caminho

    A minha pobre garganta
    Já não tem a voz de outrora
    Mas quando canta ainda canta
    Ao pé das vozes de agora

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