Um deputado do CDS-PP, de seu nome Michael Seufert, afirmou,
no Parlamento, que a greve convocada pelos sindicatos da educação para o dia 17
de junho constitui um golpe baixo, visto que calha no primeiro dia de exames
nacionais. Espanta-me esta gente e relembro, quase pavlovianamente, os versos
de Sá de Miranda: "Isto passado, quando me desponho, / e me quero afirmar
se foi assim, / pasmado e duvidoso do que vi, / m'espanto às vezes, outras
m'avergonho".
No mesmo sentido, o Secretário de Estado da Educação, na
mesma sessão parlamentar, porventura entusiasmado com o que ouvira da boca do
senhor Michael, disse, concludentemente, o seguinte: não houve despedimentos de
professores; o que houve foi uma redução de contratados. Silêncio nas bancadas
da oposição...
Não sei se o senhor João Casanova foi merecedor de aplausos.
Não quero parecer nem muito menos ser extremista, mas uma necedade deste
calibre é merecedora duma grande vaia parlamentar, seguido do respetivo
despedimento do senhor. Será que ele é contratado? É que se for, seria apenas
uma redução.
Dito de outro modo, bem mais cáustico e popular: é
preciso ter uma grande lata
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