As práticas brutalmente antissociais a que nos sujeitam já nem são disfarçadas pelo verniz político. Não se discute o modelo, mas sim, se há ou não há Estado social, que é para suprimir!
Diz-se que a sociedade portuguesa é politicamente democrática, mas socialmente fascista. Os comentadores do óbvio, afirmam:« A demissão do Governo abre uma crise». Crise, é o Executivo exercer.
Medidas austeritárias vão sobrecarregar ainda mais os reformados e pensionistas. Rosário Gama, Presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados – APRe!, diz:”Matam-nos. Matam-nos mesmo.”
Só por distração ou tolerância se pensará que o Governo está desorientado, não sabe o que faz, que esqueceram as pessoas, por verem só números. Não!, esta gente age por estratégia, atacando pensionistas (que não podem emigrar) já depauperados e esbulhados a viver num clima insuportável de angústia, medo, incerteza e insegurança quanto ao futuro. Isto chama-se: Terrorismo social de Estado! A retroatividade aplicada aos cortes nas pensões dos funcionários públicos foi alvo dum discurso do ministro Portas dizendo, que a medida continha uma linha vermelha inultrapassável. Agora, portas abertas a mais esse saque... O presidente do partido «dos velhinhos e reformados» montou esta encenação inqualificável. Oportunisticamente, o MRI- Movimento dos Reformados Indignados, também «protestou» e «reivindicou». Quem são?- Um grupo de reformados milionários, que são uma afronta a quem vive com reformas miseráveis. O seu presidente ex-administrador do BCP tem uma reforma luxuosa. Chamam-lhes Movimento que o Relvas Inventou...As “gorduras do Estado”, não podem ser as reformas dos pensionistas porque estes já vivem muito aquém das suas necessidades.
Vítor Colaço Santos
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