O primeiro-ministro disse estar disponível para discutir um novo acordo de concertação social sobre o crescimento e o [deficitário] emprego. Para quê novo acordo se o anterior está longe de ser cumprido? Fala em crescimento económico mas as insolvências e falências das PME crescem dramaticamente, devido também à ausência de crédito decente e à sobrecarga de impostos e taxas. Fala em combater o desemprego mas vão ser despedidos mais 30.000 Funcionários Públicos. Passos Coelho chama-lhes «rescisões amigáveis»(!), aos cortes e recortes «poupanças»... além de incompetente é impreparado e está subjugado aos ditames da padroeira Merkel. É urgente promover e re-animar o mercado interno porque o crescimento só à custa das exportações (a caírem) é inatingível. O crescimento económico tantas vezes propalado, jamais se concretizará enquanto o rendimento das famílias continuar a minguar, impedindo o consumo. A agravada recessão por via da soma das austeridades e o empobrecimento geral tornam o pagamento da dívida aos usurários da troika, impossível. Os dramáticos e criminosos cortes anunciados vão ser atenuados em 2015, ano das próximas eleições legislativas. Afinal «que se lixem as eleições » é outa inverdade. Tomar medidas em função dos ciclos eleitorais revela falta de seriedade e credibilidade política afastando também as pessoas deste dever de cidadania. Tantas, tantas previsões falhadas pela dupla Coelho/Gaspar, exige-se-lhes um sério pedido de desculpas. Oxalá, este (des)Governo acabe, antes que acabe connosco. A vida das pessoas está primeiro, depois os gráficos e os números. Percebe sr. ministro das Finanças Vítor Gaspar?
Vítor Colaço Santos
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