terça-feira, 1 de outubro de 2013

Resgate





No dia 18 de Novembro dava o "Público" destaque na sua primeira página de que a Troika fazia uma espécie de mea culpa pelo programa de austeridade implementado em Portugal com vista à consolidação orçamental. Prazos e políticas de cortar na despesa era os pontos que poderiam causar rotura. Lia-se a notícia e sabia-se que esta era a opinião só do FMI que não dos restantes parceiros (BCE e CEE). Entretanto decorrem as eleições e fala-se em segundo resgate. Um fantasma agita-se. A comunicação social que tem os seus caprichos e as suas formas de noticiar onde por vezes podemos ver manipulação e subserviência a um certo poder político lá vai noticiando. E no sábado caiu a "bomba". Sábado, dia de reflexão eleitoral. A primeira página do "Público" dá conta de que em Bruxelas já se está a preparar o segundo resgate. Isabel A. Cunha, jornalista em Bruxelas, sem nunca especificar as suas fontes, vai dando conta de como em Bruxelas caiu muito mal a birra de Paulo Portas e a falta de reformas efectivas que o governo já deveria ter feito. Porquê esta notícia neste dia preciso? Foi calculado o timing para tal ou coincidência? No entanto, na segunda-feira, aparecem na TV um Durão Barroso, amigo de Passos Coelho e que está de saída do seu cargo de presidente da comissão europeia, e o ministro da economia, Pires de Lima, a jurarem a pés juntos que nada disso está em preparação nem que Portugal vá algum dia necessitar de um segundo resgate tal como os gregos já o tiveram de gramar. Em quem acreditar? Da minha parte é simples. Entre um jornalista, melhor, entre o "Público" que não brinca em serviço com especulações perigosas e políticos que tendem normalmente para nos esconder a verdade acredito no jornal, é bom de ver. Como vai ser então no futuro? A ver vamos mas o melhor é já nos irmos preparando para o pior. E o pior, pensando nos mais desfavorecidos, é que este ano acaba o programa da União Europeia de apoio alimentar. A maior parte dos países já começou a estabelecer um programa próprio a nível nacional. Excepto Portugal. Todo o apoio alimentar irá então depender de particulares. Empresas e pessoas. Para que necessito eu de Estado se ele cada vez mais se demite das funções mais necessárias para o bem do povo?

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