Uma organização médica sedeada no centro do País, que
fornece serviços de saúde ao bendito SNS, tem estado na berlinda pelos
presumíveis piores exemplos deontológicos, graças ao belíssimo trabalho jornalístico
de investigação levado a efeito por uma estação de televisão nacional, em que
foram encontradas incompreensíveis irregularidades.
E o mais caricato é a simultânea publicidade televisiva aos
referidos prestadores de serviços de saúde, que oferecem aos utentes o montante
das taxas moderadoras.
Pudera! Fazerem tal ‘sumptuosa’ oferta é como oferecer um
chouriço em troca de um presunto, pois soubemos que uma reutilizável pinça,
usada em alguns exames colonoscópicos, era debitada várias vezes a diversos
doentes por montantes exorbitantes.
Silva Peneda, agora presidente do CES, pede compreensão aos
partidos do malfadado e malfeitor ‘arco da governação’, para que se entendam
para lá do protectorado da troika, para bem de todos e, sobretudo, de Portugal.
Estas cantilenas de sereias da nossa perdição colectiva só
servem para a perpetuação da mesma desgraceira que nos têm sugado até ao
tutano, enquanto tais aves canoras, acólitas fervorosas de tais tricolores
cores, tudo de bom para si arrebanham: pleno emprego, odres cheios e mordomias
sem fim à vista, enquanto o povo que os sustenta tem de emigrar, desfazer-se de
bens, viver no desemprego, sem cheta e sem nada de nada.
Tem juízo, Zé! Não acredites em nada do que eles te dizem.
Faz finca-pé. Corre com eles, antes que eles dêem cabo de ti, de vez.
Todos sabemos, os que por lá passaram, que o mundo laboral
em Portugal está cada vez mais árido, no qual, os seus habitantes, são uma
espécie fora do baralho, pois são seres descartáveis, sem presente, quanto mais
futuro.
O desemprego, a má sorte e a morte, são as únicas metas que
têm como certo e como horizonte.
O restante, mesmo que seja mínimo, é mais incerto do que nos
sair o euromilhões.
E, agora, a inventona patronal de pôr os escravos ‘sem
horário’?
Este novo vexame só pode acabar a 'tiro'. Não vejo outra
saída. Pois é isso que eles querem.
Bendito sejas tu, manso! Que um dia enfrentas o teu algoz,
para defesa da tua honra e de todos aqueles que vivem do teu sustento.
Enfrenta-o sem contemplação alguma! Ele quer a tu vida e a
dos teus!
José Amaral
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