quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O 1º Encontro

Sou uma pessoa simples e, como tal, imaginava para este evento algo tão simples como um Encontro...
Uma reunião de pessoas que têm algo em comum: a necessidade e o gôsto de ler , escrever, participar, partilhar, comunicar, pensar o pais, a vida, o que nos rodeia... Que é o mesmo que dizer, pessoas que querem melhorar as «coisas» e melhorar-se.
Não compliquemos o que pode ser tão simples ou o que pretende sê-lo na sua essência.
Terá que haver o mínimo de organização,claro, mas, talvez por defeito de formação (musical),
o improviso, a espontaneidade e a confiança no outro deixa-me tranquila para o «desconhecido».
Acredito que este Encontro Nacional do Leitor (Coimbra em Março) vai correr muito bem e, com certeza, se providenciará um espaço cedido gratuitamente onde possamos festejar o que nos une! Também não me preocupa onde vou comer... tudo se arranja.
Que este encontro tenha, como orientação, as palavras fundadoras ALEGRIA, FRATERNIDADE, TOLERÂNCIA, PARTILHA E DEMOCRACIA!
É um risco ir ao encontro de pessoas que não conhecemos... Repito: que eu não conheço na sua maioria, que não conheceis.
Mas eu não tenho medo de vós. Confio e sei, por experiência própria ,embora tenha muito que aprender nos meus 41, como é compensador ir ao encontro de outro ser humano!
Um dos motivos por que vos fiz o convite (diretamente por email ou através do PÚBLICO/ DN e outros - que não divulgaram)
é a constatação de que, na sociedade em que vivemos, comunicamos cada vez mais virtualmente e a passos largos de comunicar cada vez menos face a face, ouvindo a voz do outro ...
Quando escrevemos para os jornais estamos a dar a ouvir a nossa «voz» (Faça-se Ouvir, apela a Notícias Magazine) mas não é a mesma coisa, pois não? Quando ouvimos efetivamente a voz (o timbre, o gaguejar de alguns, a suavidade, a voz que se liga à pessoa e respetiva escrita) como que já fazemos encontro... tornamo-nos mais próximos...toleramos mais, aceitamos mais. Acontece encantamento e empatia.
O que é 'encontro' para vós?
Que bonito é ouvir , cumprimentar de abraço, beijo ou aperto de mão aqueles que lemos no Espaço Público /Cartas do Leitor onde não vemos nem ouvimos a pessoa.
A verdade do leitor-escritor não está toda no que escreve. Está na sua presença, neste contacto direto, sem rede.
Mostrar que existimos, que o leitor e o leitor-escritor de cartas (termo usado pelos doutores em Comunicação social) é um ser humano, de carne e osso!! Que não é tão perfeito como pode parecer - é isso o que significa o Encontro que sonhei.
Deixemo-nos de cálculos infinitesimais, matemático-logísticos,
deixemo-nos, por um dia nas nossas vidas, de tentar programar ao milímetro e querer controlar... (falo por mim).
E que tal «estarmos juntos», apenas?
O resto virá por acréscimo. Confiem.
Vai correr tudo bem.
Não sei se seremos 40 ou 10. Não estou preocupada com os números, mas com a qualidade do encontro. Estaremos os que podermos e quisermos.
Não precisamos de muita coisa: basta que venha!

5 comentários:

  1. Então, com tanta simplicidade, lá estarei, consigo e com todos que lá, no encontro, se queiram encontrar.
    Um grande abraço

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  2. Por mim, basta-me conhecer outros leitores/escritores e cumprimentá-los pois que, à partida, são cidadãos com consciência da cidadania participativa.
    Não espero muito do encontro, pois que todo o caminho faz-se caminhando e, como a terra é redonda não há metas definidas e cada chegar é sempre um partir. Por mim, de coração aberto, que respeito todas as opiniões dos outros, embora com elas possa não concordar e, evidentemente, contrapor as minhas, tais desacordos não excluem a expressão máxima da cordialidade humana; procura do diálogo e do entendimento. Bem, depois falaremos! Até lá.
    Silvino Taveira Machado Figueiredo (o figas de saint pierre de lá-buraque)

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  3. Como já disse concordo com a Céu. Nada de complicações. Às vezes um Olá ou um sorriso valem mais que grandes conversas. ou extensos enunciados

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  4. Como já de forma directa e pessoal transmiti á Céu, estou totalmente de acordo. Ao ver alguma ideias (certamente bem intencionadas) de organizar o Encontro com ficheiros de dados sobre os escritores, agendar temas obrigatórios a discutir, pareceu-me um coisa demasiado organizada. Em pouco tempo, certamente num passo a seguir, esta bela ideia transformar-se-ia num qualquer "Movimento", com uma direcção eleita, com líderes. E isso traria todos os vícios dos partidos, pelo que a actual organização "desorganizada" e totalmente informal, é a que mais garantias poderá dar de liberdade e verdade aos nosso depoimentos sobre o estado do País e da Sociedade. Para discutirmos e trocarmos ideias, teremos a toda a hora este blog, que tem servido muito bem até agora. Simplicidade, verdade, ausência d eprotagonismos, eis a fórmula que poderá ser vencedora.

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