Nunca na minha já provecta idade, havia
tido paciência para ver uma cerimónia de entrega de insígnias ou comendas, mas
com a condecoração do Cristiano Ronaldo, não só "aguentei" a
cerimónia toda, como até gostei muito. Mesmo o Presidente, em quem confesso
votei, mas que muito me tem desiludido, esteve perfeito. Conseguiu realçar
todas as boas razões porque Cristiano é um menino de ouro. Várias haviam antes
sido realçadas, o trabalho, a determinação, a ambição de vencer, a habilidade
nata para o seu desporto, mas Cavaco Silva lembrou aquela outra mais esquecida,
e essa vale esta crónica. É o apego de Cristiano à família! Num mundo de
famílias desestruturadas, de filhos que cortam com os pais e os chegam a
desconsiderar, em que os mais velhos são tratados como descartáveis, só
faltando o próprio governo mandar abatê-los, é comovente assistir à ligação do
Cristiano com o seu falecido pai e com a sua mãe. O Presidente também andou bem
em frisar que este jovem, que ainda não tem 30 anos, segundo julgo, conseguiu
que de uma maneira geral toda a sociedade portuguesa estivesse unida na
admiração que sente por ele. Isso é notável, num país em que a classe política,
nem na nossa dificílima situação financeira se consegue entender para salvar
Portugal do resgate. E depois, como não ficar tocado com a simplicidade do
homenageado, e até da sua postura digna, ao ouvir tamanha consagração verbal de
Cavaco Silva sem quebrar. É um verdadeiro menino de ouro, tão jovem ainda e já
é um símbolo positivo de Portugal. Tenho calcorreado diversas partes do mundo,
da Europa às Américas e à Ásia, e sempre que me identifico como português, logo
ouço palavras de grande admiração por Eusébio, e agora também por Cristiano.
Deus o guarde, para continuar a prestigiar o nosso País, que bem precisa de
muitos embaixadores como este!
(OBS. Este artigo foi parcialmente publicado na edição do semanário EXPRESSO de 25/1/14)
(OBS. Este artigo foi parcialmente publicado na edição do semanário EXPRESSO de 25/1/14)
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