Caros Companheiros de Jornada, quero hoje, se me permitem,
dar-vos a conhecer o nome de duas publicações anuais, que serão, salvo erro, as
mais antigas do país, editadas por Lello Editores, Lda.
Uma chama-se O SERINGADOR, que vai no 149º ano da sua
publicação, que diz ser um REPORTÓRIO CRÍTICO-JOCOSO E PROGNÓSTICO DIÁRIO PARA
UM ANO.
A segunda publicação, que já vai no 130º da sua publicação,
tem o nome de O NOVO SERINGADOR, que é também um ALMANAQUE ANUAL.
E, há bem pouco tempo, desde 2010, os acima referidos
editores têm publicado nos seus referidos almanaques algo feito por mim.
Assim, dou hoje a conhecer os meus trabalhos publicados
em O NOVO SERINGADOR para 2014,
nas páginas 23, 31 e 33:
Um dia vi com espanto
a política mudar
vi cantar.
Era tudo tão bonito
tudo era de encantar
vi sonhar.
Os anos foram
passando
e o fruto sem brotar
vi esperar.
A esperança estava
verde
tudo podia mudar
vi aguardar.
Tudo se complicou
e a engrenagem a
emperrar
vi desesperar.
E depois de tudo isto
valeu a pena (tentar)
mudar?
Valer a pena valeu
mas não era este o
fruto
que sonhara degustar.
******
Mudar de vida
Talvez fosse melhor,
Que arrostar a ferida
Cada vez está pior.
Causa-me alguma dor
E muita indisposição:
É um maldito ardor
Como lava de vulcão.
Vou suportar entretanto
A vida sem a mudar
Talvez um súbito
pranto
Seja o meu eco a
gritar.
******
Ainda há bem pouco
a noite se despediu
da alvorada
estamos na madrugada
e já pressinto a
tourada.
Há césares
suficientes (no planeta)
as arenas vão-se
enchendo
há falcões comendo
e tanta gente
morrendo.
O dia continua noite
os clamores são
abafados
por sons metais
estafados
são sinos em anúncio
de finados.
Lá vão os míseros
trapos
a caminho da reforma
a tumba é deles cama
… dos sacanas é só
mama!
José Amaral
O tempo passa, as moscas lá vão mudando, mas a m....é sempre a mesma... Talvez na "reforma" do último verso, pois agora já nem se pode contar com ela...
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