quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

É lá o seu lugar


Após aquela leda madrugada, que culminou com o fim da mais longa e negra noite da nossa história colectiva, ainda tenho muito presente a imagem do intrépido capitão de Abril – Salgueiro Maia – plantado na parte superior de uma Chaimite, o qual, de megafone, pedia ao Chefe de Estado – Marcelo Caetano, que se encontrava no interior do Quartel do Carmo, para que se rendesse sem se recorrer à força das armas.
E, assim, sem derramamento de sangue, a figura operacional número um do radioso golpe de Estado – o 25 de Abril/74, devolveu o poder ao povo português, entregando-o de mão beijada.
Portanto, sem querelas políticas, é mais que justo que, ao comemorarem-se os 40 anos de tal histórica data, os restos mortais, de tão grada e heróica figura da Nação, repousem para sempre no Panteão Nacional, local último dos ínclitos filhos da Pátria Lusíada.

 

José Amaral

1 comentário:

  1. Lamentavelmente, como não temos presente, temos de incarnar o passado. Não é por acaso que emprega o vocabulário de Camões, e ainda bem, para homenagear Salgueiro Maia.

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