Tudo isto aconteceu porque a estratégia da propaganda governamental, abençoada e fundada na Troika, de “dividir para reinar” e de projectar “o inferno” caso não sejamos obedientes face às suas inevitáveis e salvíficas políticas & medidas, conseguiu paralisar e manietar os amplos sectores conservadores das “classes baixas”. Assim, a primeira oportunidade que temos que saber agarrar é a desmontagem e superação desta estratégia. Tal implica saber encontrar as alianças e convergências entre todos os sectores e grupos atacados e desprezados pelas políticas em curso, que se vão manter. Mas, como não há alianças possíveis sem objectivos comuns, uma outra oportunidade para a qual temos que arranjar/ganhar tempo, é para ir construindo um quadro programático de objectivos & caminhos de curto, médio e longo prazo, sendo que um “Programa Mínimo” claro e realista, que abra caminho a uma “longa marcha” pelo desenvolvimento solidário e sustentável, deva ser uma realidade em 2014. Mas, como, quando, onde e com quem se vão construindo objectivos, caminhos & discurso/comunicação científica e mobilizadora ? No concreto, como diz o povo, que temos e podemos fazer ? Partindo dos Locais e Territórios em que vivemos, trabalhamos e convivemos, com relações de proximidade, sermos empreendedores (qualificativo muito na moda), de forma colectiva e organizada, na indignação e revolta e na construção de soluções e alternativas para superar as dificuldades vividas e realizar sonhos hoje ensombrados. Reconstruindo e renovando iniciativas e projectos que, respondendo ao imediato, reabram horizontes de esperança em futuros, em que as Pessoas são a razão de ser das economias locais, nacionais e globais. Direi, que a estratégia será ir construindo veredas que contribuam, também pelo exemplo, para um caminho programático nacional e europeu, em que as lideranças políticas, sociais e económicas se renovem nos métodos e prioridades, sabendo bem interpretar o que se vive e realiza nas bases da sociedade. Sabendo que a Democracia Representativa só será sólida e sustentável, se também alimentada pelas mais diversas formas de Democracia Participativa. Reconhecendo que a Economia é o motor da satisfação das necessidades individuais e colectivas das populações, mas que, para tal, tem que apostar em soluções e direções que levem em conta, em 1º lugar, as Pessoas & Territórios que as acolhe e promovam uma justa e digna retribuição dos rendimentos dos que produzem bens e serviços, permitindo que se vá forjando solidariedade social e territorial. Dirão que do pessimismo na análise do presente, passo para sonhos e ambições irrealizáveis. Penso que não, pois tenho a convicção que, mais tarde ou mais cedo, este caminho é insubstituível e se irá realizando. Mas, também, sei que este caminho é longo e pedregoso, que para avançar tem que ir construindo soluções que, a cada tempo, melhorem as condições de vida das populações e pessoas vítimas do empobrecimento em curso. Por último, sei que este caminho precisa de mudanças substanciais e sólidas no quadro político da nossa Democracia, o que exigirá das lideranças político-partidárias, visíveis e claras alterações na forma de se relacionarem com os eleitorados, formados por cidadãos e não por consumidores de ilusões. Eu vou apostar nesta estratégia e espero encontrar muitos de vós, pois só assim as ideias serão clarificadas e bem agarradas ao terreno. Cá e lá vos espero ! ( 1. ) Mote inspirado na excelente Crónica de José Tolentino Mendonça, na Revista do “Expresso” de 28/Dez./2013, intitulada, “ESTÁ LÁ ?”. Fica o agradecimento pela inspiração. José Carlos Albino . Messejana, 30/31 de Dezembro de 2013 .
Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
2014 » "KAIRÓS" !!!
Tudo isto aconteceu porque a estratégia da propaganda governamental, abençoada e fundada na Troika, de “dividir para reinar” e de projectar “o inferno” caso não sejamos obedientes face às suas inevitáveis e salvíficas políticas & medidas, conseguiu paralisar e manietar os amplos sectores conservadores das “classes baixas”. Assim, a primeira oportunidade que temos que saber agarrar é a desmontagem e superação desta estratégia. Tal implica saber encontrar as alianças e convergências entre todos os sectores e grupos atacados e desprezados pelas políticas em curso, que se vão manter. Mas, como não há alianças possíveis sem objectivos comuns, uma outra oportunidade para a qual temos que arranjar/ganhar tempo, é para ir construindo um quadro programático de objectivos & caminhos de curto, médio e longo prazo, sendo que um “Programa Mínimo” claro e realista, que abra caminho a uma “longa marcha” pelo desenvolvimento solidário e sustentável, deva ser uma realidade em 2014. Mas, como, quando, onde e com quem se vão construindo objectivos, caminhos & discurso/comunicação científica e mobilizadora ? No concreto, como diz o povo, que temos e podemos fazer ? Partindo dos Locais e Territórios em que vivemos, trabalhamos e convivemos, com relações de proximidade, sermos empreendedores (qualificativo muito na moda), de forma colectiva e organizada, na indignação e revolta e na construção de soluções e alternativas para superar as dificuldades vividas e realizar sonhos hoje ensombrados. Reconstruindo e renovando iniciativas e projectos que, respondendo ao imediato, reabram horizontes de esperança em futuros, em que as Pessoas são a razão de ser das economias locais, nacionais e globais. Direi, que a estratégia será ir construindo veredas que contribuam, também pelo exemplo, para um caminho programático nacional e europeu, em que as lideranças políticas, sociais e económicas se renovem nos métodos e prioridades, sabendo bem interpretar o que se vive e realiza nas bases da sociedade. Sabendo que a Democracia Representativa só será sólida e sustentável, se também alimentada pelas mais diversas formas de Democracia Participativa. Reconhecendo que a Economia é o motor da satisfação das necessidades individuais e colectivas das populações, mas que, para tal, tem que apostar em soluções e direções que levem em conta, em 1º lugar, as Pessoas & Territórios que as acolhe e promovam uma justa e digna retribuição dos rendimentos dos que produzem bens e serviços, permitindo que se vá forjando solidariedade social e territorial. Dirão que do pessimismo na análise do presente, passo para sonhos e ambições irrealizáveis. Penso que não, pois tenho a convicção que, mais tarde ou mais cedo, este caminho é insubstituível e se irá realizando. Mas, também, sei que este caminho é longo e pedregoso, que para avançar tem que ir construindo soluções que, a cada tempo, melhorem as condições de vida das populações e pessoas vítimas do empobrecimento em curso. Por último, sei que este caminho precisa de mudanças substanciais e sólidas no quadro político da nossa Democracia, o que exigirá das lideranças político-partidárias, visíveis e claras alterações na forma de se relacionarem com os eleitorados, formados por cidadãos e não por consumidores de ilusões. Eu vou apostar nesta estratégia e espero encontrar muitos de vós, pois só assim as ideias serão clarificadas e bem agarradas ao terreno. Cá e lá vos espero ! ( 1. ) Mote inspirado na excelente Crónica de José Tolentino Mendonça, na Revista do “Expresso” de 28/Dez./2013, intitulada, “ESTÁ LÁ ?”. Fica o agradecimento pela inspiração. José Carlos Albino . Messejana, 30/31 de Dezembro de 2013 .
1 comentário:
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