Mais uma vez, as forças de destruição do mundo laboral em
Portugal, estão a avançar com mais medidas para acabar de vez com a pouca
estabilidade havida em qualquer posto de trabalho.
Assim, o Executivo Exterminador – Governo e Forças Patronais
– determinaram que a ‘avaliação do desempenho’ será o primeiríssimo critério a
considerar no despedimento, isto é, uma espécie de roleta russa, um
despedimento à ‘la carte’, ou a bel-prazer, ou ainda, um compressor que reduz o
trabalhador à sua ínfima espécie: um ser descartável para lançar no lixo.Tudo isto passa por não ser levado em conta o cumprimento legal de qualquer lei laboral. Ela, agora, é um autêntico ‘simplex’. O patrão diz: agora sim, ou agora não. E já está. Isto é, o lugar já era.
E falar-se do despedimento por extinção do posto de trabalho
é o mesmo que dizer a um trabalhador que ande muito direitinho, porque, se não,
amanhã vai direitinho para o olho da rua, ou fica sem horário, restando-lhe a
única saída – o suicídio (ou matar o patrão/ladrão?).
Já no tempo de Salazar havia despedimento por justa ou não
justa causa.
Se fosse por justa causa, haveria um processo em que se
aclaravam as causas para tal situação de despedimento. Se não, então, havia
direito legítimo à indemnização por despedimento sem justa causa.Hoje em dia, as mentes exterminadoras do mundo produtivo e laboral, querem agilizar os despedimentos o mais rapidamente possível: despedir sem dó nem piedade.
Se é assim que querem, comecem pelo topo das empresas, onde enxameiam exércitos de improdutivos que saqueiam as mesmas e nada produzem.
Já é mais que tempo de se dizer basta! Portugal, a continuar
assim a ser desgovernado, já era! Pois, sem descontos nem roubos aos
trabalhadores do activo (que vão desaparecer) e aos reformados (que vão
morrer), aonde irá o Executivo de Penhoras buscar dinheiro para manter as suas
mordomias?
José Amaral
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