na soleira do tempo
Do tempo que
percorri,
Eu agora só vislumbro
O tempo que não vivi.
Um tempo nulo –
vazio,
Que olhei e remirei
Sem calor, cheio de
frio.
Na soleira do tempo
fico
Vendo um futuro
cansado.
Perdi-o, fiquei sem
ele
Em alcançá-lo jamais.
veredas e mais
veredas.
veredas de precipício
nas vidas de muita
gente.
em fausto d’encantamento;
veredas cheias
d’escolhos
em ondas cheias de
lágrimas.
em mundos
d’abastança;
veredas que só
conduzem
ao mísero fim dum
viver.
em lufadas de prazer;
outras veredas só são
um cortar do coração.
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