O Trabalho
É o mesmo que
olmeiro,
Não é trocadilho
jocoso
É nas letras
verdadeiro,
Porque de si é
fibroso,
É sólido e é
elástico,
Dá sombra ao
trabalhador
Sem para ele ser
cáustico,
Nem o tornar seu escravo
Como Esopo o foi,
Mas sim deixá-lo
sonhar,
Quando ao lavrar com
o boi,
Cansado da sua lida,
Não medir a força que
tem,
Porque seus braços só
são
Mealheiros sem
vintém.
Eu equiparo o
Trabalho
Que é força, querer e
vontade
Não só do punho e do
malho,
Mas de todo aquele
que vende
O suor do seu rosto,
Pondo em acção seus
neurónios,
Em seu lugar, em seu
posto.
Há deveres e
obrigações,
Mas pensam certos
senhores
Não dar pão, mas
privações.
Tudo grita: não há
pão!
Bate-nos à porta a
miséria,
Espectro mesmo à mão.
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