Horizontes
Como o pintor a
paleta,
Dar ao mundo tanta
cor
Onde não houvesse
dor.
Pintar na face de
todos
Cores de vida e sol a
rodos
(Estar-se em paz e
sem medo,
Ser-se fecundo e não
quedo).
Transformar o mal do
mundo
Para não ser
moribundo
Nas trevas sempre
latentes
Vindas de muitas
vertentes,
Correndo em águas do
mal
Em torrentes de
vendaval,
Que nos arrasta p’rà
morte
Com bússola que não
tem norte.
Tem ponteiro
apocalíptico
Faz o mundo
paralítico,
Sem forças pra se
mexer
Nem mesmo para conter
O mal que bem
s’aproxima
Com as cores de
Hiroxima.
Nem as cores desta
caneta
Que eu pensara usar
Para todo o nosso
azar.
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