sábado, 25 de janeiro de 2014

Eusébio... Futebol... Ronaldo...



Eusébio foi um excepcional praticante de futebol.

Depois de algumas dificuldades no final e após terminar a sua carreira como futebolista, Eusébio foi recuperado por dirigentes do Benfica, no essencial por interesses clubísticos e comerciais.

Como agradável desporto colectivo, o sucesso do futebol não se baseia só em individualidades, por mais excelentes que sejam.

Após a época de Eusébio, acelerou-se uma transformação no futebol, com as componentes desportiva e associativa a passarem a estar cada vez mais condicionadas e subordinadas à gestão dum negócio cada vez mais globalizado, intensificando-se igualmente, o efeito alienatório que interessa ao capitalismo.

No recente Benfica-Porto, nos 36 jogadores presentes (11 inicial e 7 suplentes em cada equipa), só 6 eram portugueses (2 do Benfica e 4 do Porto). No tempo de Eusébio, no Benfica, só jogavam jogadores portugueses.

O alastrar da profissionalização no futebol, a todos os níveis e graus, não tem contribuído para fomentar a prática desportiva geral e escolar.

Após o falecimento de Eusébio, agentes, dirigentes e empresários do futebol, aproveitando um certo clima mediático e emocional, colocaram a hipótese dos restos mortais do futebolista, passarem para o Panteão Nacional. E pressionados, talvez por interesses eleitoralistas, deputados dos vários partidos foram um pouco na mesma onda.

O nível, troféus, recordes e condecorações já alcançados como futebolista, por Cristiano Ronaldo, e outros que se perspectivarão, poderá levar a que os senhores e administradores do futebol, coloquem qualquer dia a hipótese duma estátua em Lisboa, em frente e da dimensão do Cristo-Rei.

 

 

 

 

 

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