Eusébio foi um excepcional
praticante de futebol.
Depois de algumas dificuldades no
final e após terminar a sua carreira como futebolista, Eusébio foi recuperado
por dirigentes do Benfica, no essencial por interesses clubísticos e
comerciais.
Como agradável desporto
colectivo, o sucesso do futebol não se baseia só em individualidades, por mais
excelentes que sejam.
Após a época de Eusébio, acelerou-se
uma transformação no futebol, com as componentes desportiva e associativa a passarem
a estar cada vez mais condicionadas e subordinadas à gestão dum negócio cada
vez mais globalizado, intensificando-se igualmente, o efeito alienatório que
interessa ao capitalismo.
No recente Benfica-Porto, nos 36
jogadores presentes (11 inicial e 7 suplentes em cada equipa), só 6 eram portugueses (2 do
Benfica e 4 do Porto). No tempo de Eusébio, no Benfica, só jogavam
jogadores portugueses.
O alastrar da profissionalização
no futebol, a todos os níveis e graus, não tem contribuído para fomentar a
prática desportiva geral e escolar.
Após o falecimento de Eusébio,
agentes, dirigentes e empresários do futebol, aproveitando um certo clima
mediático e emocional, colocaram a hipótese dos restos mortais do futebolista,
passarem para o Panteão Nacional. E pressionados, talvez por interesses
eleitoralistas, deputados dos vários partidos foram um pouco na mesma onda.
O nível, troféus, recordes e
condecorações já alcançados como futebolista, por Cristiano Ronaldo, e outros que se
perspectivarão, poderá levar a que os senhores e administradores do futebol,
coloquem qualquer dia a hipótese duma estátua em Lisboa, em frente e da dimensão
do Cristo-Rei.
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