José Luís Peixoto tem tantos anos quantos tem o maltratado
25 de Abril de 1974 e tantos que o meu filho Nuno José também tem, sendo que eu
já ultrapassei em mais de três décadas os anos que eles têm.
E, assim, pensando e escrevendo – falando em monólogo e fora
da toca onde habito -, eis-me a contemplar e tendo nas mãos o resumo de ‘uma
viagem na Coreia do Norte’ encastoada no livro Dentro do Segredo, precisamente
engendrado e vivido pelo próprio narrador – José Luís Peixoto.
E se a quetzal – ave trepadora da América Central - morre
quando privada de liberdade, também a Coreia do Norte – tendo em absoluto
isolamento a sociedade mais fechada do mundo – mata-a lentamente, sem qualquer
eco de lamúria ou breve queixume, enquanto ‘um bom viajante não tem planos fixos nem a
intenção de chegar’, segundo palavras de Lao Tsé, que terá vivido no
século VI a.C..
No entanto, a Natureza dotou-nos com um plano fixo com a intenção
absoluta de todos lá chegarmos, mesmo que tenhamos ou não
liberdade.
José Amaral
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