EUA, UM PAÍS VIOLENTO!

Os media de todo o Mundo têm dado conta (com muitas críticas e até ódio), das mortes ocasionadas pelas autoridades policiais dos EUA . As manifestações têm-se sucedido e muitas com violência. Primeiro eu não vivo nos EUA, depois sempre achei um disparate, que ao abrigo da Constituição americana, um cidadão qualquer possa comprar uma arma de assalto, e não uma simples arma de defesa, como aqui em Portugal. Mas temos que ser compreensivos, e tentar perceber como se chegou aqui. Nenhum agente da autoridade, a não ser que seja um doente mental, mata alguém de propósito. Assim, temos que entender que depois do 11 de Setembro, de triste memória para os EUA e para o mundo inteiro, tiveram de ser tomadas medidas legislativas securitárias, condicionadoras de direitos humanos básicos, como circular numa via pública. Tudo em nome da protecção da maioria, em que uma minoria tem de sofrer incómodos no sentido de ser prevenido o crime terrorista ontem da Al Quaeda e hoje do EI (Estado Islâmico). Eu tenho 66 anos de idade, um aspecto normal, caucasiano, e tive de esperar numa alfândega dos EUA, durante duas horas, que a minha bagagem pessoal já embarcada para o avião fosse violada, talvez porque no meu passaporte constava um visto da Síria e a minha Mulher tem um nome que é comum para os muçulmanos. Depois, nada me foi perguntado, explicado ou dito, simplesmente mandaram-me seguir. Por isso sou insuspeito de apreciar este clima securitário e violento. Mas tenho de compreender porque apareceu, e porque vai ainda permanecer durante muitos anos, até que a ameaça terrorista islâmica seja controlada. Agora que foram brutal e cobardemente assassinados, dois polícias sossegados dentro da sua viatura em Nova Iorque, espero que os que tanto criticaram a actuação policial dos EUA, pelo menos entendam porque as autoridades e os seres humanos que as integram, são passíveis de erros, dado o ambiente perigoso e violento em que têm de actuar.