quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

DN 31.12.2014 (Da Campanha eleitoral)


Já estamos em campanha eleitoral e má

Mesmo que o PR não queira que as eleições legislativas – que depois definem novo Governo - sejam antecipadas, os partidos políticos ávidos de poder e contra-poder, já andam em campanha eleitoral. Pelo que, se nada for alterado vamos ter campanha e muito má, durante quase um ano, com todas as consequências nefastas que daí advém – para além de não se estar a minimamente trabalhar no momento -, não para os partidos , mas para o País e para nós População. E quem irá ganhar será a abstenção ou votos nulos, ou sensacionalistas.

Se os partidos políticos acham que não se nota, desenganem-se. Desde visões de alianças à esquerda, mas que se for necessário serão à direita, até dizer mal do anterior Governo e insistir – nisso - até à exaustão, vale tudo. Tudo.

As propostas para ter futuro com conjunturas que sejam concretizáveis, deixou de passar pelos partidos - todos, todos - que acham serem os donos da democracia.

Os que foram e são, e possivelmente estão convencidos de voltarem a ser governação, estão constantemente as dizer mal uns dos outros como se todos e cada um fossem exemplares. Não vemos um único dar provas concretas do que fez bem, dado não ser fácil, nem do que não cumpriu que foi muito. E como tal, atacam o outro e vice-versa, para distração de alguém que já não se entende bem quem, dado que a população já está demasiada farta disto tudo.

E como não temos ainda, cá nenhum partido de extrema-direita a defender nacionalismos exacerbados, alguns dos que temos e até mais à esquerda, continuam a bem fazê-lo afastando qualquer tipo de união seja europeia – que não é exemplar – seja outra qualquer.

E a misturar à confusão temos sindicatos e mais sindicatos - que se encostam a partidos - que também não querendo perder o “seu” espaço e não os dos “trabalhadores”, que tanto dizem defender, repetem até à exaustão palavras e actos que já não implicam resultados práticos a bem do trabalhador.

Continua a haver a intenção de todos os que estão instalados em manter o mais possível os seus domínios. Daí, ninguém estar de facto interessado na Reforma do Estado. Ninguém nesta altura e não em tempos descabidos propõe a diminuição do número de deputados, de câmaras municipais – que nunca de Freguesias, como foi feito - de ministérios, e a aglomeração dos mesmos uma vez que o Governo ao vender tudo que era público fica com menos para gerir em vários ministérios.

Junção de muitos mais serviços, até de polícias para evitar duplicações de chefias que são quem mais recebe do erário público. Rever a dimensão e actuação das Forças Armadas, com um contributo essencial à Nato. Fazer melhor, reformar à séria. E poupar em automóveis topo de gama do Estado num tempo de aflição. E até em despesas da Presidência da República!

Se tal já estivesse feito e não está, e parece não estar proposto ser feito, talvez a dívida já tivesse diminuído. Talvez a despesa estivesse mais curta, talvez o investimento produtivo tivesse aumentado. E, não é a cortar quatro feriados que se aumentou a produção e muito menos a produtividade.

E os exemples são infindáveis e só não vê que não quer. E estamos uma vez mais já em campanha eleitoral má, sem propostas que não seja deixar tudo na mesma.

Assim não vamos mudar e assim não podemos continuar. Mas é o que temos e o que somos!

Augusto Küttner de Magalhães

2 comentários:

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