segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

SOLTEM O SÓCRATES

Soltem o Sócrates
Hoje, apetece-me escrever sobre o caso Sócrates, cujos contornos são de natureza de grandes jogos políticos, cá para mim entre Maçonaria e a Opus Dei e outras que nem sei, mas imagino. O que não imagino, mas é real, é que ao abrigo da invocação de diversos crimes (infelizmente, que vão sendo normais entre os políticos) prenderam o cidadão José Sócrates.

Como defensor dos valores republicanos, acho bem que todos os que se servem da República, que deve ser servida e não dela servirem-se, sejam exemplarmente castigados! Não ponho as mãos no fogo por nenhum político, pois que, devido aos exemplos dados, políticos à minha frente merecem, ab initio, total desconfiança, sendo necessário percorrer um longo caminho para a mudança da mentalidade, que, para levar água ao seu moinho, gostam de praticar o seu jeitinho, a sua cunha, junto de qualquer instituição, mas, depois, aqui D’el Rei que os governantes devem ser sérios!

Em Democracia, os seus três pilares fundamentais, Legislativo, Executivo e Judicial devem ser independentes entre si. Devem, mas, mas é aquilo que se sabe e vemos, e se o chavão é dizer-se que a “Justiça é cega”, na prática, mesmo só com um olho vê-se que vê bem as diferenças, normalmente entre os poderosos, que tudo podem (deixam poder) , com milhões para fazerem alpinismo nas montanhas dos recursos até ao perdão final, enquanto o Zé Povinho é condenado na 1ª Instância e… e pronto, não há dinheiro para recursos, obrigado a comer a pena que lhe dão.

Não quero influenciar o cidadão juíz Alexandre, porque lhe deram o poder de decidir, todavia, sua decisão, não sendo dogmática, é passível de ser contestada. Aliás, e bem, sendo contestada, se bem que sem resultados práticos da libertação do cidadão José Sócrates.

Como mero cidadão, constituinte da República Portuguesa, na minha opinião, não é justo manter em prisão preventiva o cidadão José Sócrates, que desempenhou, uma vez eleito, as funções de Primeiro Ministro, dum governo da República Portuguesa.

De que tem medo o cidadão juíz Carlos Alexandre? Que José Sócrates fuja?
Embora haja sempre essa probabilidade, não acredito que tal acontecesse, pois tal seria sua “morte” política e assumpção das culpas a ele imputadas, além de logo ser emitido mandato de captura internacional.
Pergunto:
Qual o problema de José Sócrates ficar com termo de residência e apresentação periódica às autoridades, enquanto processo de investigação e eventual recolha de provas decorresse até ser presente a julgamento?

Para mim, é por demais evidente que este caso está a tornar-se kafikiano, e se falar de Justiça é esperar que se faça Justiça, de tal , em Portugal, de tudo se pode espera, inclusive dezenas de pessoas, ditos de alto gabarito, que deviam estar na “prisa”, mas que navegam fundo, em invisíveis submarinos, que torpedeiam e afundam porta-aviões da justiça.

Por fim, eu, que sou apenas um socialista de ideais, não de partido, que não alinhei nas primárias, fico admirado por o Partido Socialista, com seus militantes e simpatizantes, ainda não se ter mobilizado para perguntar ao cidadão juíz Carlos Alexandre por que é que tem medo de soltar o Sócrates e colocá-lo, simplesmente, com termo de identidade e residência, enquanto decorrem as investigações?

Era um ético ato de justiça soltá-lo, nem que fosse para, mais tarde, ser justiciado, pelos eventuais crimes, alegadamente cometidos!
Falta saber se Alexandre, é sinónimo de Grande!

3 comentários:

  1. Eu acho que o cigano esfomeado, que roubou três queijos no Mini-Preço, deve continuar preso porque, não tendo possibilidade de comprar comida, deve ser alimentado por conta dos Estado. Quanto aos presos com situação económica estabilizada devem vir todos para casa para comerem à sua custa. Se a sociedade cria ricos e pobres é porque quer tratamentos diferenciados. O Eng. Pinto de Sousa, até porque pertence ao clã dos Pintos, uma espécie privilegiada no país, deve vir para a rua e ajudar o povo a fazer um golpe de Estado que derrube a Justiça, em especial Alexandre, o grande perseguidor da classe dos "políticos honestos". Neste país já nada merece ser levado a sério, daí esta minha ladainha.

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  2. Olá, caro Joaquim ! Apenas dizer-lhe que subscrevo na integra o seu texto sobre a prisão de Sócrates. Gostei sobretudo daquela ironia demolidora quando fala no "perseguidor dos políticos honestos". Aproveito para lhe desejar um Bom ano de 2015, sobretudo com saúde.

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  3. Amigo Arlindo Costa
    Obrigado pelas suas palavras. Retribuo o desejo de BOM ANO NOVO, para si, e para todos os seus familiares e amigos.

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