quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Para fim de ano: Miguel Albuquerque e uma presumível romena

Miguel Albuquerque, o ex-delfim de Alberto João Jardim, lá se aboletou democraticamente ao seu lugar.
Então, o novo líder madeirense, que é advogado, professor e grande produtor de rosas raras no ‘laranjal’, confessou que vai alterar radicalmente o modo de fazer política, que será muito diferente da que tivera o seu ancestral, verborreico e truculento patrono de comando e de fila partidária do arquipélago da Madeira.
Mais confessou que gosta de trabalhar em equipa, só que eu não sei se a sua nova turminha terá parceiros diferentes ou serão de igual jaez política da anterior formação que ora cessa.
Assim, sendo ou não, poderá trocar o disco, que a música e o ‘bailinho’ serão sempre os mesmos.
A ver vamos.

Uma presumível romena dos seus vinte e poucos anos, falando um português já bem compreensível, e andrajosamente vestida de modo a despertar a compaixão das almas mais sensíveis e caridosas, a breves ciclos temporais, aparece no meu bairro habitacional, postando-se estrategicamente entre um café e uma pastelaria, pedindo ‘tudo e mais alguma coisa’. Ou pede um café, uma moedinha, um bolo, um pão, sei lá mais o quê.
A minha esposa, que é voluntária num hospital central e esmoler tanto para pessoas como para animais, caiu na esfera de acção da dita romena, que de supetão lhe pediu um edredão ou cobertor, e qualquer coisa para mais tarde cozinhar.
Minha esposa levou-lhe quase de imediato um bom cobertor e um frango congelado.
Em complemento, a referida romena, pediu-lhe ainda uma frigideira, um tacho e alguns talheres.
E esta, hein? Como diria o saudoso Fernando Pessa.


José Amaral

2 comentários:

  1. Amigo Amaral: O senhor e a sua esposa são duas almas eleitas, e têm a sensibilidade suficiente para perceber as desgraças dos outros, e não olvidam o ditado popular que diz que "vale mais dar aos maus que pedir aos bons". Um melhor e santo ano para o meu amigo e para todos os outros cidadãos, estejam eles onde estiverem.

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    1. Grato lhe fico por tão simpáticas palavras.
      A si -Joaquim C. Tapadinhas - desejo-lhe tudo de bom que me deseja, bem como a todos os confrades, na generalidade universal desta comum vida terrena.

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