O
turismo tem de ser bem tratado para perdurar
Estamos
sem dúvida a ter um boom de
turismo, não só nas principais cidades
como Porto, Lisboa,
Setúbal,
Régua, Évora — sem segundas intenções —, Caminha, Tomar, como nas praias
algarvias, no Douro, por todo o lado.
Mas
temos de conservar os turistas de todos os extractos e com muito ou pouco
dinheiro, sem estragar.
Cuidado
com a venda desatinada de casas antigas nos centros históricos das cidades,
dado que não pode ser como se de um maná se tratasse, porque, se acaba mal, é
mais um problema a juntar
a
tantos que vamos criando e não resolvendo.
Fazer
tudo com princípio, meio e fim é o mais aconselhável. E, mormente, fazer turismo
não para durar uns poucos gloriosos anos, mas ser consistente para muitos e
muitos anos.
Cuidado
com os preços em tudo, não só no imobiliário.
Cuidado
com a segurança de pessoas e bens, nacionais e estrangeiros, haja mais
policiamento de proximidade, para não se ter de remediar, em vez de prevenir.
Fazer
tudo, sempre, de forma o mais transparente possível, para o turista, nacional
ou estrangeiro, voltar sempre agradado, e fazer passar a palavra de que esteve num
local merecedor, sob todos os aspectos, de estar e visitar.
Cuidar
de tudo, público e privado, da mesma forma.
E sobretudo
não estragar.
Nem
deixar que o façam os turistas que nos visitam. É preciso cuidar destes espaços
que são nossos e que, por andarmos tão distraídos ou entretidos com reality shows — os mais
diversos, reais e criados
—,
nos esquecemos de os apreciar e até gozar.
E
eles estão aqui, junto de nós, à “mão de semear”.
Porque
o país é de todos nós, não é deste Governo, destes ministros, ou da oposição,
seja esta qual for.
E é
para ser um benefício que passe e ultrapasse governos, para ser melhor cuidado,
melhor conservado.
E
não nos fiquemos pelo turismo, sejamos bons em mais áreas, somos disso muito
capazes.
Augusto Küttner de Magalhães, Porto
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