O que nos disse o
Papa Francisco no Parlamento Europeu
O Papa Francisco foi ao Parlamento Europeu e fez um discurso
que muitos políticos não sabem fazer, não têm hoje, capacidade, infelizmente
para fazer. Claro que o Papa Francisco não é um político, mas à falta destes,
capazes e com qualidade, temos que ouvir o Papa.
E, como não crente, admiro o Papa Francisco como Pessoa, só,
e como tal ouço-o.
Alguns “trechos” do que disse, e que por certo a todos –
crentes e não crentes - que ainda consigamos pensar, pelas nossas cabeças, nos
diz algo: “Comunidades e pessoas estão a
ser objecto de bárbaras violências: expulsas de suas casas e pátrias; vendidas
como escravas; mortas, decapitadas, crucificadas e queimadas vivas, sob o
silêncio vergonhoso e cúmplice de muitos.
Manter viva a
realidade das democracias é um desafio deste momento histórico, evitando que a
sua força real – força política expressiva dos povos – seja removida face à
pressão de interesses multinacionais não universais, que as enfraquecem e transformam
em sistemas uniformizadores de poder financeiro ao serviço de impérios
desconhecidos. Este é um desafio que hoje vos coloca a história.
Promover a dignidade
da pessoa significa reconhecer que ela possui direitos inalienáveis, de que não
pode ser privada por arbítrio de ninguém e, muito menos, para benefício de
interesses económicos.
Afirmar a dignidade da
pessoa significa reconhecer a preciosidade da vida humana, que nos é dada
gratuitamente não podendo, por conseguinte, ser objecto de troca ou de
comércio.
A educação não se pode
limitar a fornecer um conjunto de conhecimentos técnicos, mas deve favorecer o
processo mais complexo do crescimento da pessoa humana na sua totalidade.”
Está chegado o momento da União Europeia tomar algum rumo,
num mundo global. Está chegado o tempo do dinheiro e o poder - de alguns,
poucos - terem o valor que de facto têm “que ter”, mas não podendo sobrepor-se -
como está a acontecer - a tudo e a todos, a toda a força anulando a Pessoa, a
sua dignidade, o direito a estar vivo com alguma qualidade de vida.
Convém reler a História e ter Memória, dado que não no tempo
mas tudo se repete, dado que tudo são círculos e a vida progredi e evolui mas
as Pessoas são feitas do mesmo e o pensamento mais apurado leva sempre ao mesmo
sítio, que pode ser útil e bom ou exactamete o inverso, como está uma vez mais
a acontecer! Tudo muito mal.
Augusto Küttner de Magalhães
Assim seja, mas como temos a memória curta, eu também não sei se sei aonde tudo irá dar.
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