Cada dia que passo nesta vida, que todos pensamos
conhecê-la, fico cada vez mais perplexo com o que vejo e observo, com o que
escuto, e com o que leio.
Assim – para além da passagem de todas as culpas sobre quase
todos os concidadãos que ao longo das quatro décadas em democracia
governaram/governam o país, condicionaram as nossas vidas e urdiram
destemperanças que aspergiram sobre todos nós, quase sem excepção – só poderei
avivar a memória de alguns confrades de que o voto tem sido a ‘letal’ arma do
povo que levou tais concidadãos aos cadeirões do poder, para depois os invectivar
e, muitas das vezes, com toda a razão.
Portanto, o mal maior parece ser causado em exclusivo pelos
eleitores e não pelos eleitos, pois estes, ‘candidamente’, só vão ocupar o
cargo para onde foram ‘empurrados’.
Mas o mais caricato são as leis que o poder legislativo
produz, pois afigura-se-me que os doutos legisladores as fazem somente para
serem aplicadas aos outros – os eleitores -, ficando eles – os doutos eleitos –
acima de qualquer contrato legislativo que deles saiu. São uma espécie de
‘santos’ mergulhados em ‘celestiais bolhas de beatitude’, colocados nos
‘altares’ da AR.
Recorde-se - de entre centenas, quiçá milhares - o facto
recente do ‘pai’ do SNS ter enviado um livro a um recluso topo de gama e tal
encomenda ter sido devolvida por infringir – precisamente - uma lei aprovada
pelo séquito legislador do referido detido.
São casos como este que me levam a suspeitar que a Justiça
não é igual para todos - por culpa exclusiva dos ditos legisladores -, apesar de ser cega. Só que uns têm essas muletas para serem amparados, enquanto milhares são empurrados para o abismo.
Foi isto que ouvi e li através da nossa esclarecida
Comunicação Social, que tantos gostam e nela acreditam, enquanto uns tantos
poderosos a odeiam.
José Amaral
Não podia estar mais de acordo...
ResponderEliminar