segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Fico cada vez mais perplexo


Cada dia que passo nesta vida, que todos pensamos conhecê-la, fico cada vez mais perplexo com o que vejo e observo, com o que escuto, e com o que leio.

Assim – para além da passagem de todas as culpas sobre quase todos os concidadãos que ao longo das quatro décadas em democracia governaram/governam o país, condicionaram as nossas vidas e urdiram destemperanças que aspergiram sobre todos nós, quase sem excepção – só poderei avivar a memória de alguns confrades de que o voto tem sido a ‘letal’ arma do povo que levou tais concidadãos aos cadeirões do poder, para depois os invectivar e, muitas das vezes, com toda a razão.

Portanto, o mal maior parece ser causado em exclusivo pelos eleitores e não pelos eleitos, pois estes, ‘candidamente’, só vão ocupar o cargo para onde foram ‘empurrados’.

Mas o mais caricato são as leis que o poder legislativo produz, pois afigura-se-me que os doutos legisladores as fazem somente para serem aplicadas aos outros – os eleitores -, ficando eles – os doutos eleitos – acima de qualquer contrato legislativo que deles saiu. São uma espécie de ‘santos’ mergulhados em ‘celestiais bolhas de beatitude’, colocados nos ‘altares’ da AR.

Recorde-se - de entre centenas, quiçá milhares - o facto recente do ‘pai’ do SNS ter enviado um livro a um recluso topo de gama e tal encomenda ter sido devolvida por infringir – precisamente - uma lei aprovada pelo séquito legislador do referido detido.

São casos como este que me levam a suspeitar que a Justiça não é igual para todos - por culpa exclusiva dos ditos legisladores -, apesar de ser cega. Só que uns têm essas muletas para serem amparados, enquanto milhares são empurrados para o abismo.

Foi isto que ouvi e li através da nossa esclarecida Comunicação Social, que tantos gostam e nela acreditam, enquanto uns tantos poderosos a odeiam.

José Amaral



1 comentário:

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.