Abril é filho de militares
Eles o pariram; geraram Abril.
Benditos sejam os altares
Pois eles são a ara do redil.
O relógio nunca dorme
Vai com a Terra em rotação;
Nas ruas o sussurro é enorme
Pedindo outra revolução.
Queriam os capitães de Abril
Também falar na Casa do Povo
Comemorando o cravo no fuzil
Mas impedidos foram de novo.
Quem se impõe a tal ideia
Nunca lá deveria estar:
Se não é covil de alcateia
Por isso mesmo pode passar.
Podem tirar-nos a palavra
O pensamento sempre passa:
Não há qualquer aldrava
Que tenazmente impeça
O Povo de gritar na
Praça.
José Amaral
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