UMA SARDINHA PARA
TRÊS!
Na década de
quarenta do século passado, sob uma ditadura imperava a fome em Portugal! Faltavam
géneros de primeira necessidade, distribuídos mediante senhas de racionamento. Eram
tempos de uma sardinha para três pessoas! Num Portugal rural e atrasado, as
razões, em parte, eram devidas à situação de guerra de 1939/45. Virado o século
vinte a Ditadura continuou, subordinada aos interesses da guerra fria entre, USA
e URSS!
Com a progressiva
descolonização, feita pelas grandes potências, Portugal foi ficando isolado,
dando origem à revolução do 25 de Abril! Depois da Revolução não tivemos
guerras, tivemos liberdade e democracia, mas, hoje, com tudo isso; sem guerras,
com liberdade, com democracia, com governos cheios de doutores, milhões de
portugueses estão a passar fome, regressando aos tempos da sardinha para três,
apesar de biliões de euros, a fundo perdido, recebidos para se fazer um país
desenvolvido.
Infelizmente, Portugal
continua muito pobre de mente, desenvolvido só na irresponsabilidade dos
governantes, a darem os piores exemplos de má governação a favor do povo! Nem
vou explicar. Basta só mencionar BPN, caso dos submarinos, Freeport, entre
outros, e a enorme e conveniente ineficácia da Justiça para meter na choldra corruptos
de milhões!
O pessoal está
farto da política tipo frei Tomás; olha para o que ele diz mas não ao que faz!
Até os partidos da oposição, não concordantes
com a política de austeridade, parecem que são diferentes, mas não! Pasmem que,
nestes tempos difíceis, quando o exemplo devia vir de cima, eis que os nossos
queridos deputados, ditos representantes do Povo, aprovaram, pasmem, por
unanimidade, um aumento global de 4,99% para os seus vencimentos de 2014! Para
o povo é que é sempre a cortar, para os seus representantes sempre a aumentar,
e por unanimidade!
Em democracia
temos o direito de exercer o direito de voto. Desde sempre o exerci. Embora de
ideais socialistas, mas não seguidista partidário, não me resta outra hipótese,
perante este exemplo e outros, que corporizam o pensamento popular sobre os
políticos: ” São todos iguais”, de engrossar as fileiras dos descrentes nos
políticos, perante esta insensibilidade ética do olha para o que eu digo mas
não para o que faço. Que me interessa votar para o Parlamento Europeu?
Acreditar em quem? Qual a diferença entre os candidatos se na hora H,
unanimemente, lixam sempre o “Zé-Povo”?
Não. Desta vez
vou votar em todos os partidos. Todos merecem. São todos iguais. Todos vão ter,
no boletim de voto, uma cruz, que, bem pesada, deviam carregar, pela via-sacra da
hipocrisia, alimentados a uma sardinha para três, por podia!
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Autor: Silvino
Taveira Machado Figueiredo
Gondomar
acreditar em quem?
ResponderEliminarainda penso votar em branco...
Se as regras estão contaminadas à partida, pela forma como se preparam as listas, votar é aceitar as regras. Pela primeira vez não irei votar, mas cada um que faça o que entender, pois até admito que posso estar errado. Cada um, que analise a situação e faça o que a sua consciência lhe pedir.
ResponderEliminarVotar é preciso, mas votar na lista que propõe homens e mulheres que irão mesmo defender os interesses dos portugueses contra tudo e contra todos. Infelizmente estamos obrigados a estar lá e por isso teremos de fazer ouvir a voz dos que defendem o nosso povo. Joaquim: vá votar por favor e escolha o que defende Portugal
ResponderEliminarUm abraço
Já eu, que procuro ser democrata, mas imbuído de espírito republicano de servir e não servir-se, usando o direito que me é facultado de escolher entre três opções, ou seja votara num ideal, abster-me. votar em branco ou ir mostrar a minha inutilidade votando nulo, mas com tratamento pessoal; uma cruz em cada sigla partidária. Visto que são todos iguais, atualmente d'outra coisa já não me convencem, o que convence são os atos não as palavras. Não adianta dizer que está um claro dia numa negra noite de negra e profunda escuridão. Já não posso, atingi o meus limites, acreditar em que diz que defende os explorados quando eles próprios, quem manda, não dão exemplos de contenção. Não pretendo catequizar ninguém, quem se achar útil votar para mudar que vote. Eu também vou votar, fazer muita cruzes, para ver ver se Portugal fica mais cristão, já que se diz católico, mas que emperra na parte do "Venha a nós, venha a nós, venha a nós, venha a nós". Estou farto deste disco riscado! Votar em alguém? Cruzes canhoto. Só se me deram razões para mudar de opinião. Esquerda, Direita, Centro? Onde as diferenças? É votarem todos, por unanimidade, a lixar o Povo, dizendo que o defendem!?! Basta.
ResponderEliminarAmigo Silvino eu perçebo a sua desilusão sobre "os partidos" e respeito-a, mas permita-me esta pergunta: Quais os partidos que compôem a "troika" que nos governa há 38 anos, e que nos têm, a nós, trabalhadores roubado montes de direitos, adquiridos no tempo do "terrivel" Vasco Gonçalves ? Eu, respondo: Foram o PS, PSD e o CDS ! Perante esta verdade, é na minha modesta opinião errado considerar que todos os partidos são iguais, e direi isto até á exaustão enquanto continuarem a mistificar esta situação. Já quanto a desistir de lutar, também atravez do voto, respeito, mas não concordo, porque isso é o que os "vampiros do povo querem" porque eles não desistem, nem a sua clientela. E a propósito de quem nunca desiste de lutar, permita-me que lhe cite este poema de Brecht (provavelmente até o conhecerá).
EliminarHá Homens que lutam um dia e São Bons /
Há outros que lutam um ano e São Melhores
Há os que lutam muitos anos e São Muito Bons
Mas Há os que lutam toda a vida/ Esses são inprescindiveis!