Aumentaram os casos de depressão em pessoas com mais de 45 anos, ou seja, em pessoas perfeitamente capazes de trabalhar, gente nova, "útil e proveitosa", "forçados à ociosidade", formando, como diz
Pedro Afonso, "um autêntico exército de homens e mulheres " que cresce "inexoravelmente". Esta é uma tragédia social a que os políticos tapam os olhos e os ouvidos.
O médico psiquiatra escreveu que nos manuais de psiquiatria, "o desemprego aparece como uma das principais causas de depressão. O indivíduo deprimido vive sem esperança, preso a um passado" . É preciso, urgentemente, senhores políticos, resolver este problema social da depressão ligada ao desemprego: são cada vez mais os portugueses e portuguesas (quatro vezes mais afectadas que os homens) que caem num abismo existencial.
E ele diz mais: começam a faltar as palavras para encorajá-los. Já nem o psiquiatra consegue encorajar o seu paciente desempregado... Como consegui-lo, se o desemprego parece cada vez mais uma pena perpétua? Estamos destinados a cumprir penas perpétuas não obstante sermos inocentes?
Os portugueses com ou sem emprego pedem algo muito simples, desejam somente " trabalhar e , deste modo, ganhar a vida". Sem trabalho não há equilíbrio psíquico nem dignidade. Não é este um problema muito sério a resolver?
Queremos trabalho.
Pertenço «ainda» a essa "minoria seleta; casta de privilegiados; à classe dos homens que dispõe de trabalho, e é útil e proveitosa", usando as palavras do médico psiquiatra. Mas até quando?
É um escândalo vivermos com medo 40 anos depois do 25 de Abril.
Também eu vivo com medo...
Como se resolve um escândalo e uma aberração como esta, de se ignorarem tantas vidas úteis?
P.S. -Caro Dr. Pedro Afonso, insista neste tema quando lhe derem oportunidade de se manifestar. Há muito a fazer!
(
Público, 12-4-2014)
Têm razaão que defende que a Vida só será harmoniosa com emprego. Pouco ou nada se resolve com as sopinhas da caridade. Empego - trabalho remunerado para aplicarem as respecticvas capacidades, e com o seu ordenado comprarem o que desejarem.
ResponderEliminarClotilde
Não sou a favor das "sopinhas de caridade", mas se não fosse a boa vontade de muitas pessoas que, amam o próximo, e se entregam a servir os outros, elas não existiam e as pessoas morriam de fome, conforme tive a infeliz oportunidade de ver na Índia das castas.
ResponderEliminarO verdadeiro herói só o é porque tem medo, portanto, as Marias do Céu do nosso e mui amado Portugal são as grandes heroínas da pátria lusíada. Tenham medo, mas perante a ameaça comum têm em mim a força da razão e do inquebrantável querer da razão que nos assiste.
ResponderEliminarVivam todas as mulheres do meu país!