segunda-feira, 7 de abril de 2014

Evitar mais morte em praxes

(DN 06.04.2014)
Directa ou indirectamente, vamos tendo notícias que nos são transmitidas ao momento e até à exaustão, e depois passadas ao esquecimento, que em praxes ou em “acontecimentos” similares, morrem estudantes. Seja numa praxe localizada, seja em praxes com grupos, seja em festividades das temporadas inerentes a estes acontecimentos.
Talvez, não seja necessário nestes eventos “isto” ter que estar, repetidamente a acontecer.
Por certo muitos pais e mães cada vez que saibam ou sonhem, que filhas ou filhos vão para estes “eventos”, ficam assustadíssimos a pensar o que lhes irá ou não acontecer. E se os vão voltar a “ter”!
Como em assuntos das mais diversos e nem idênticos, neste no nosso pobre País fala-se muito no momento – excessivamente e todos sabem de tudo! - dão-se notícias até mais não ser possível, e de repente tudo fica calado, esquecido e preparamo-nos para ouvir, ler ou nem por isso, outra qualquer “novidade”. Isto é tudo tão normal neste nosso País, que parece não haver como romper este “estado de coisas”.
Mas, como para além de cada vez o País estar a ficar mais envelhecido, cada vez se fazerem e logo, nascerem menos crianças, o que implicará um contínuo não renovar demográfico, deveremos – talvez! - todos ter obrigação de cuidar, o melhor conseguível, uns pelos outros e não o inverso.
Posto isto, haverá por certo de se pensar que as manifestações entre estudantes, são muito salutares, se forem o que se espera que “devam ser”. Se cada vez que estes acontecimentos se sucedem, implicam mal-estar, idas a médicos, queixas e até mortes, talvez algo esteja a ter que ser mudado, evidentemente melhorado.
Assim, espera-se que por vontade própria, por colaboração de mães e pais com filhas e filhos, de professores, das diversas hierarquias escolares, de todos os estudantes, deixemos de ouvir queixas de praxes, de haver mal-estar nestas manifestações e afins, e sobretudo de nunca mais haver uma só morte.
Esperemos, todos! Sem fortes certezas!
A. Küttner de Magalhães

(DN 06.04.2014)

2 comentários:

  1. Como é que se pode evitar mortes em praxes se somos praxados todos os dias pelo poder instituído?

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  2. Mas, neste pode-se, bastaria "olhar-se com olhos de ver para o que são as praxes, nestas últimas duas décadas".

    E ponto!!!!

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