domingo, 13 de abril de 2014

Trabalho para todos

Escrevo pela segunda vez na mesma semana a propósito do tema «trabalho». Estamos preocupados. Também Frei Bento Domingues. Intitulou o seu texto, publicado hoje no PÚBLICO, de «Trabalho para todos?».
Sublinho as suas palavras: "a maioria da população será constituída por desempregados"; é preciso não perder "a capacidade de indignação" e continuar "a teimar na exigência de trabalho e emprego para todos" como adianta a LOC (Liga Operária Católica), o Papa Francisco, o Bispo do Porto e muitos outros. Temos «todos» que exigir "trabalho para todos".
Simplesmente porque "o trabalho é uma das dimensões fundamentais da existência humana e a situação de desemprego uma humilhação tal que afecta a própria consciência da dignidade humana – não valho nada! O desempregado é um marginal à força, um desqualificado."
Frei Bento utiliza o termo "displicência" para qualificar a inqualificável atitude " com que certos governantes, entidades patronais, comentadores e jornalistas de serviço se referem ao número de desempregados", o que revela uma "degradação ética insuportável".
Vamos continuar a permitir que o ser humano passe a ser "um aborto"?
Não valemos mais que tudo?
Parece que não valemos nada para quem nos representa ao mais alto nível e quem tem nas mãos o poder de trabalhar pelo bem comum da forma mais eficaz.
Pede Frei Bento a "ressurreição da política do bem comum". Importa pôr em primeiro lugar o bem comum.
E que as desigulades sejam corrigidas, porque já "roçam o absurdo".

1 comentário:

  1. Pois é o trabalho/emprego para todos pode e deve ser o principio das coisas boas embora a caridade seja um remendo da falta de trabalho não pode, não deve ser ela a resolver (porque não resolve só adia) a fome das nossas familias. Trabalho - trabalho para porem em pratica as capacidades de cada um em prole da riqueza do nosso País. E há tanto para fazer.

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