Da minha leitura do PÚBLICO de hoje, ficaram as palavras cruzadas e a história de amor, bonita, entre Ana Cândida Delfina e Vítor da Transfiguração, dois jovens do Porto que viveram no final do século XVIII.
A Casa do Infante vai exibir a correspondência trocada entre os dois em 1797, um conjunto de 24 cartas (23 escritas por ela e uma por ele). Vítor estava internado no Colégio de Órfãos do Porto "e estava, por isso, impedido de escrever a uma rapariga".
Fiquei a pensar neste amor, vivido há mais de duzentos de anos... um tempo em que escrever era para poucos...
Hoje, são poucos os que não sabem escrever, mas são raras as cartas de amor. Quem é a Ana Delfina que as escreve e o Vítor que as recebe, às escondidas?
Bem, posso orgulhar-me de ter algumas!
Nos nossos dias, o amor parece poder dizer-se por SMS, pelo facebook, por palavras breves, transformadas em duas ou três letras, quase em código. Uma espécie de amor abreviado, rápido, simples? Nasceu uma nova espécie de amor? O amor está a transformar-se?
Este é um desvario. Mas é preciso pensar nele... no amor. No amor e todas as suas vertentes. Como o amor ao próximo, já agora.
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