Dissertação sobre pilaretes
Há coisas mais importantes que
dissertar sobre pilaretes, dirão alguns. Mas os pilaretes semeados a torto e a
direito no nosso espaço pedonal demonstram que a maior parte das pessoas não
cumpre regras simples de cidadania. Temos de ressalvar que ás vezes é mesmo
preciso prevaricar… mas é só às vezes.
O que acontece desde há muito, é que
ninguém cumpre essas regras de cidadania e como também não há intervenções para
a sensibilização dos prevaricadores, nem autoridade que os meta na ordem, no
caso de estacionamentos errados, acerta-se este mau comportamento com a
colocação de pilaretes e a mobilidade fica obstruída com estes “pauzinhos” de
metal.
Há em alguns casos em que esse
acesso é impedido por bolas ou cubos de pedra relativamente baixos que complica
a mobilidade de quem vê mal.
Porém há um lado bom: refiro-me aos
postos de trabalho que as empresas fornecedoras asseguram e até as receitas dos
fornecedores dos materiais. Fabricam-se os materiais para os pilaretes, sejam de
pedra ou de metal, terminados a direito ou arredondados como bolas. Uns são
pintados ou ficam assim acinzentados. Depois há o transporte para se satisfazer
as encomendas e depois os trabalhadores que os espetam nas bermas dos
passeios.
E também temos de reflectir sobre a
constante manutenção daqueles que ficam inclinados – quando muitas vezes caídos
no chão - pelo encosto de carros e camiões nas suas complicadas manobras. Se
olharmos para isto como ocupação de mão-de-obra haverá, talvez, um saldo
positivo na sua utilização.
Ainda falta dissertarmos sobre os
que se podem retrair que em muitos casos são mesmo arrancados por quem não tem o
código para os encolher.
Jornal Costa do Sol - Oeiras em 9/4/2014
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