quarta-feira, 17 de setembro de 2014

a ética republicana

A inércia social que nos tem caraterizado ao longo destes três penosos anos arrasta-se a este extraordinário Governo. Em nome da ética republicana, dois ministros deveriam estar já demitidos ou demissionários: o Sr. Crato e Paula Teixeira da Cruz. Sabemos o que se passou há um ano com o Sr. Portas: alargou, politicamente, o campo semântico da palavra irrevogável. Nada de anormal se passa com esta gente. No fundo, é baralhar e dar de novo. Onde para Cavaco? Onde para a República?

4 comentários:

  1. seja bem vindo, Ricardo!!
    "Onde para Cavaco??"

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  2. A ética é ética e não tem donos, sejam eles republicanos ou monárquicos. Juntar-lhe epítetos é oportunismo bacoco.

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  3. Não concordo, Joaquim. A ética não é um valor imutável em si. Pelo contrário, ela decorre de idiossincrasias sociais e históricas muito próprias, muitas vezes fora de uma consciência social ativa.

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  4. Nada que está relacionado com a vida social é imutável em si. Tudo muda e certos comportamentos e valores sociais alteram-se de acordo com a evolução social. O que eu quis dizer e possivelmente não o fiz de forma correcta, é que numa sociedade não existem, ao mesmo tempo, a ética republicana, a ética maçónica, a ética cristã, enfim a ética de cada grupo ou entidade. Eu quero dizer que a ética é um valor em si própria, que tem princípios profundos, que não podem ser retalhados conforme as conveniências do momento. Posso estar errado nesta definição, porque, como ser humano, erro muitas vezes e não sou a última palavra seja no que for.

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