Da Wikipedia retiramos que Capitis diminutio (ou seja, a diminuição do status) era no direito romano: a diminuição ou resumo de personalidade; uma perda ou redução de status ou agregado de atribuições legais e qualificações de um homem.
Quando António José Seguro (AJS) prometeu em entrevista na TVI que se demitiria, se como PM se visse obrigado a aumentar impostos, longe de marcar um ponto a seu favor, cavou a sua "sepultura" política. É um político diminuído, alguém que vai recuar perante um desafio com que não contava.
Nós percebemos que AJS quis marcar uma diferença relativamente a outros PMs que rasgaram promessas anteriores às eleições, mas o povo, que não é parvo, não vai aceitar que um PM às primeiras dificuldades abandone o barco. Aliás foi patente a falta de experiência política de AJS, apesar de ter começado a sua carreira há muitos anos, como "jotinha". Nunca desempenhou lugares de direcção de relevo, quer no governo (apenas uma secretaria de Estado sem interesse), quer nas empresas privadas ou públicas. Por isso apenas sabe prometer, porque fazer se afigura mais complicado. Como é possível que a um ano e meio das eleições tenha prometido não aumentar a carga fiscal e até reduzir o IVA da restauração? Sabe lá porventura o que vai acontecer na política europeia e mundial? Sabe lá se nessa altura Portugal (e outros países, talvez) ainda estará no Euro? E a situação no Médio Oriente? E a situação no Leste Europeu? Se neste momento que escrevemos, a Europa abana toda só pelo eventual resultado da votação sobre a independência da Escócia! Apesar de todos os sacrifícios que temos feito, Portugal ainda tem uma dívida nacional brutal, e perante uma economia que não arranca, ninguém pode antecipar outra solução que não seja aumentar impostos. A questão estará apenas na distribuição de tal sacrifício. Se fôssemos eleger para PM uma pessoa séria, bem intencionada, um "gajo porreiro", AJS já estava eleito. Mas alguém quer uma pessoa dessas na política pura e dura, para melhor defender os interesses do País?
Se na política os sérios não servem, então o que é a política? Para além de porca, como a retratou o Bordalo, também ter de ser desonesta?
ResponderEliminarInfelizmente é o caso, com honrosas excepções, nestes últimos 40 anos...
ResponderEliminarObs. Foi publicado na edição de hoje do Público"
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