quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ministério do Analfabetismo e da Incompetência


                O Ministério da Educação e Ciência deveria chamar-se Ministério do Analfabetismo e da Incompetência.
                Do analfabetismo, pela política anti-educativa que o ministro Nuno Crato tem vindo a fomentar: encerramento de escolas, redução drástica de funcionários e de professores, aumento do número de alunos por turma, falta de apoio a alunos com necessidades educativas especiais e corte de verbas nas escolas, nas universidades e para a investigação científica.
                Da incompetência, devido a erros crassos, ou melhor, erros cratos, no concurso chamado de Bolsa de Contratação  de Escolas, devido a um erro matemático  (aconselho vivamente acções de formação de  Matemática para os responsáveis), que colocou professores com menor classificação profissional à frente de professores com mais classificação. A solução(?) apresentada pelo sr. ministro mantém tudo na mesma: quem já está colocado permanece nas escolas, mas vai-se reformular o concurso.
                Ó sr. ministro, onde está a lógica desta sua afirmação?  Só na sua cabeça!
                Relativamente ao encerramento de escolas, nomeadamente no interior do país, para quem tem os filhos na capital a serem transportados à escola em carros do Estado, pagos por todos nós, é insensível ao facto das crianças das aldeias com escolas terem agora que se levantar 2 horas mais cedo para percorrem 50 km de autocarro para irem para outra escola, correndo o risco de serem vítimas de acidentes nas estradas com geada e neve no inverno. E para que servirão as escolas fechadas? Que desperdício de dinheiro dos contribuintes!  
                Com esta política de destruição do ensino e da investigação científica em Portugal, o sr. ministro e o seu incompetente governo estão a contribuir intencionalmente para o aumento do analfabetismo e do retrocesso científico, cultural e social do país.
                “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” Emanuel Kant

 
Manuel Coimbra

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