quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Ando triste na terra que me viu nascer


O mundo actual vive numa contradição angustiante. As regras acabaram. O que ontem se disse, hoje perdeu credibilidade.
Um banco pode transformar-se numa caverna de malfeitores, para, depois, numa falaciosa cosmética, se transformar numa instituição idónea à custa dos ‘tansos’ que a municiaram e municiarão, enquanto os ladrões ficam em bom recato.
O Estado deve milhares de milhões, arruinou a sociedade, desbaratou famílias, levou à falência milhares de pequenas e médias empresas, e já hipotecou 1/5 dos portugueses, enquanto milhares não têm emprego ou ocupação digna, e outros milhares zarparam porta fora antes de serem obrigados a trabalhos forçados ou a prostituírem-se.
Depois, os bem-intencionados, vão tentando acreditar numa renovação de ‘pensadores’ que vão dizendo fazer mais e melhor pela causa pública, para logo ao dobrar da esquina ouvirmos dizer que até os nossos ‘queridos’ deputados estão a passar fome, uma vez que ganham uma ´miséria’ para o muito pouco que fazem. Lacrimejou um desses ‘doutos’ e troantes figuras que confessaram mudar este mundo, mas logo que uma mísera areia se postou à frente dos seus pés, logo gritou ‘aqui d’el-rei’, numa trapaça aviltante para quem de leis diz saber.
Ninguém está contente com nada e quem mais berra menos tem razão, pois não passam de carpideiras instituídas, sempre à espera de também meterem o focinho na gamela dourada de um qualquer lugar público da amancebada Lisboa.
E, nós, os deserdados, nem sequer uma ‘pepita’ de negro carvão temos nas mãos.


José Amaral

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