"À luz
da lei internacional, dívida odiosa é uma teoria legal que sustenta
que a dívida nacional incorrida por um regime
político, com propósitos que não
servem os interesses de uma nação, não deve ser compulsória. Portanto, segundo esta doutrina
tais dívidas são consideradas como dívidas
pessoais de um regime que nelas incorreu e não dívidas do Estado. Em alguns aspectos,
este conceito é análogo à invalidez de um
contrato assinado sob coerção.
A doutrina foi
formalizada em 1927 num tratado de Alexander Sack, um jurista russo
especializado em finanças públicas, professor de direito
internacional na Universidade de São Petersburgo e, depois de 1921, em
universidades da Europa e dos Estados Unidos." Há países
(Equador) que recorreram com sucesso a esta figura jurídica
para não pagarem dívidas públicas ilegítimas,
nomeadamente os EUA nos casos de Cuba, após a Guerra Hispano-Americana, e do
Iraque.
A
dívida pública portuguesa é
uma dívida odiosa e ilegítima porque foi contraída
através da corrupção dos nossos governantes que
propiciaram negócios ruinosos com empresas e bancos
privados, depauperando as finanças do Estado, sem conhecimento e
aprovação dos Portugueses. Um exemplo de corrupção,
além dos negócios ruinosos com as PPP e a
nacionalização dos bancos privados BPN e BES, que faliram por práticas
fraudulentas, é o negócio dos submarinos durante o governo
de Durão Barroso, sendo Ministro da Defesa Paulo Portas: adquirimos
2 submarinos à Alemanha por 1.000 milhões
de euros, enquanto que a Grécia comprou 6 pelo mesmo valor, e a
França, que perdeu o concurso (?), os vendia por 95 milhões
de euros.
Assim
sendo, à luz do direito internacional e da Convenção
de Viena, o povo português não é obrigado a pagar a dívida.
Devemos é exigir uma auditoria independente que deverá
avaliar qual o valor da dívida e como foi contraída.
E não devemos aceitar a ideia de que a dívida pública
é de responsabilidade colectiva.
Já
existe um grupo técnico, formado por professores de economia
da Universidade de Coimbra e outros conceituados economistas e advogados, que
pretende realizar uma auditoria cidadã à dívida pública (aceder a auditoriacidada.info).
Exijamos imediatamente essa auditoria, por todos os meios ao nosso dispor, apoiando
este grupo a ter acesso às contas do Estado. Ou há
auditoria, ou não pagamos!
"É
imoral pagar uma dívida imora!". (ver documentário
Debitocracia)
Manuel Coimbra
Se nós, cidadãos normais e isentos, vemos que não é possível pagar esta dívida imoral, como há (ir)responsáveis, que nos governam, que insistem teimosamente, em não negociá-la?
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