A Europa só acorda
quando for tarde. (“i” 18.09.2014)
Esta atitude, assumida como princípio de conduta da Europa
do século XXI, de assobiar para o lado, nunca se debruçando sobre os
verdadeiros problemas que nos afligem, não só é confrangedora como vai dar
muito mau resultado. Em vez de se criarem condições para uma verdadeira União
Europeia, está-se todo o tempo a falar mal um dos outros. O Norte do Sul, este
daquele, uns que querem ser independentes mas ficando dentro, outros que não
sabem o que querem, mas inventam temas para estarem sempre a ser falados.
A comunicação social
alimenta este estado de coisas, para ter sempre muito que noticiar. Aparecem,
em todos os países sem excepção, uns populistas que têm uma grande auto-estima
e vontade de aparecer e dando ar de desprendidos de tudo, são notícia durante
uns tempos. Nada mais que isso.
A burocracia em Bruxelas auto-alimenta-se para nada fazer de
útil, e cresce por dentro dando lugares a uma série de gente, que quanto mais
tudo complicar, melhor. E entretanto ninguém trata à séria da economia, do
desemprego, do crescimento, dado que se o fizer salta fora por não estar
alimentar o monstro auto-destrutivo.
Entretanto, temos guerras aqui ao lado, nomeadamente na
Ucrânia, que não se sabe sequer qual é de facto a posição europeia, dado que
tem muita pena de tudo, mas não quer deixar de fazer negócios com a Rússia, e
esqueceu-se de arranjar um fornecedor alternativo de gás, e está a chegar o
Outono e depois o Inverno.
E no meio desta trapalhada toda, os jihadistas europeus na Síria são cada vez mais, e o perigo do seu
retorno é uma realidade, mas fala-se nisto como se fosse algo que não pode
acontecer, “cá dentro”.
E entretanto a
Europa fica pendurada nos EUA, que ainda vão ajudando dado ainda terem muita
força militar, e não terem desistido de vez da Europa, para já.
Desgraçadamente
esta Europa não vai agir, não vai unir-se, vai continuar a falar muito sem
dizer nada, e quando começar a ter jihadistas ocidentais a rebentar tudo “cá”
por dentro, numa altura em que já a Europa deixou de ter credibilidade no
Mundo, vai entender que acordou tarde. Mas, é ao que chegamos, uma Europa a
passar à auto-anulação.
Augusto Küttner
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