sexta-feira, 26 de setembro de 2014

passos coelho e as suspeitas políticas

Segui razoavelmente o debate quinzenal no Parlamento. O assunto, como não podia ter deixado de ser, rondou as suspeitas que recaem sobre Passos Coelho aquando da sua passagem pela Tecnoforma ou - o que vai dar mais ou menos ao mesmo, embora a retórica política do primeiro-ministro e compagnons de route nos queiram intuir do contrário - do Centro Português para a Cooperação, uma ONG umbilicalmente ligada à empresa que tinha como lema a "inovação, a excelência, o compromisso" (Tecnoforma). Devo dizer que o argumentário do primeiro-ministro, natural e antecipadamente visto e revisto pela sua equipa, não me convenceu. É que ficamos, afinal, sem saber, quanto e com que periodicidade é que Passos Coelho recebeu das chamadas despesas de representação, as quais não me parecem ter, geográfica e substancialmente, extravasado, se tivermos em conta as vezes que foram reiteradas, pelo próprio, as cidades de Bruxelas e Porto e também, isoladamente, Cabo Verde.

2 comentários:

  1. Este país deixou de ser um lugar de respeito para se tornar num espaço onde a esperteza saloia predomina. Trata-se de esquemas de captar dinheiro para grupos, esquemas assentes em legalidades duvidosas, pois empresas, tipo Tecnoforma, com a função de influenciar decisões, não deviam existir. SÓ ALIMENTAM CLIENTELAS PARTIDÁRIAS QUE, NO FINAL, SUGAM OS CONTRIBUINTES. Infelizmente, uma grande parte dos políticos que nos têm governado, hoje, estão ricos e o povo está cada vez mais pobre.

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  2. É, Joaquim, exatamente isso. Estou, igualmente, com Pacheco Pereira quando afirma que o que nos devia preocupar não é o arrebanhamento de Passos, mas antes o simples nascimento de empresas deste tipo. Dizem que lá para os já longínquos anos 90 foi um fartote de vilanagem com este tipo de chico-espertismo bem nacional. Todavia, atualmente, as coisas continuam. Podem ser menos claras, mas que continuam, lá isso continuam. Só para alguns, claro, que são, no fundo, sempre os mesmos.

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