Pode parecer contraditório
mas, se analisarmos com cuidado, não é tanto assim.
Por um lado, o senhor
Presidente da República previu, aquando da sua recente estada em Paris, que
Portugal irá crescer, neste ano de 2015, a uma taxa de 2%. Por outro, o FMI
afirma que a sua perspectiva de evolução da nossa economia a partir de 2016 vai
no sentido da recaída. Não esqueçamos que o primeiro nunca se engana e o
segundo tem sempre razão.
Contradições entre o PR e o
FMI? Não, pode-se subir num ano e descer no seguinte. O mal foi que o PR, na
sua qualidade de professor de economia, quis persuadir-nos de que, sendo 2014 o
ano da viragem, agora é sempre a subir. Estará a dar uma ajudinha à coligação
governamental? Não o acho capaz disso…
É pouco saudável que aja
desta forma. Nos finais de 2016, ele já não estará nas funções para dizer que “eu
bem tinha dito”. Com grande probabilidade, o actual Governo também não. Quem cá
estiver, então, que feche a porta e apague a luz.
Bem se esforçam para que nos
sintamos todos contentes por estar a subir a fossa do Mindanau. Ninguém quer é lembrar-nos
de que, para atingirmos a tona da água aonde já flutuámos (é certo que aos
baldões), ainda temos muito que “trepar”. Haverá oxigénio que chegue?
EXPRESSO (21/03/2015)
Truncada a parte sublinhada
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